O último exemplar da revista Entertainment Weekly trouxe alguns comentários de amigos de astros que morreram este ano. Todos muito bonitos e emocionantes. Mas, o que mais falou perto do coração foi o do produtor Ryan Murphy, sobre Cory Monteith, que faleceu no dia 13 de julho deste ano. A foto acima mostra os dois junto com Lea Michele. Esse foi o discurso que ele fez quando o elenco de Glee se reuniu pela primeira vez logo após a morte de Cory. Leia abaixo, você vai se emocionar também.
“Para mim, Cory era o início e o fim de Glee…literalmente.
A primeia cena do piloto era entre o Finn, de Cory e o Mr. Schu , de Matt (Morrinson). Nenhum de nós realmente sabia o que estava fazendo.Glee era um musical, musicais nunca funcionaram na TV e nós nos deixávamos levar. No final da primeira cena, Cory podia ver que eu, seu diretor, estava um pouco inseguro. Ele veio até mim com um grande sorriso e disse, ‘ Isso vai ser divertido’. Ele estava totalmente certo e totalmente errado.
O final de Glee é algo que eu nunca tinha compartilhado com ninguém, mas que eu sempre soube. Eu sempre vi isso como uma fonte de conforto, uma Estrela do Norte.No final da sexta temporada, a Rachel de Lea (Michele)se tornaria uma grande estrela da Broadway, no papel que ela nasceu para interpretar. Finn se tornaria um professor em Ohio, em paz com sua escolha, sem se sentir um perdedor de Lima.O último diálogo seria este: Rachel volta para Ohio, realizada por um lado, e entra na sala do clube do coral de Finn. ‘O que você está fazendo aqui? ‘ ele perguntaria. ‘Eu estou em casa’, ela responderia. Fade out. Fim.
Aquele fim e o início me lembram muito de meus sentimentos pessoais por Cory. Apesar de seus problemas, ele sempre se sentiu necessário – alguém de quem você pode depender, doce,alguém a quem você procura em busca de conforto.Ele era muito grande,forte – e foi por isso que durante o piloto, eu lhe dei o nome de Frankenteen, um apelido que, para seu desespero, pegou.Mas ele também foi a maior surpresa para mim pessoalmente, e por isso tem meu maior respeito.
Quando nós começamos, ele nunca havia dançado. Ele nunca havia realmente cantado. E, mesmo assim,desde seu teste – onde ele tocava bateria em Tupperwares – ele se tornou um cantor. Um grande cantor.E ele se tornou um dançarino. Ele se entregou com o coração, e é isso que Cory era para mim – todo coração. Nos últimos tempos, seu corpo, devido a seu terrivelmente triste e frustrante vício, acabou vencendo aquele grande coração que batia tão fortemente.
Em Glee, Cory era o quarterback. Ele era o líder natural e sempre tinha um abraço de boas-vindas. Quando um novo ator chegava – e aquela sala do coral pode ser a primeira vista meio gelada – Cory era o primeiro a falar com eles ,a lhes dar boas-vindas e mostrar tudo.
Desde o início, Cory e eu tínhamos uma relação de pai e filho, que eu tenho que admitir que, no início, eu não desejava. . Eu não sabia como agir. Mas Cory – vindo de um lar desfeito, um garoto perdido – precisava de uma figura masculina para guiá-lo, lhe dar suporte, uma direção. Em retrospecto, Cory foi como um treinamento para que eu me tornasse o pai que sou hoje para meu filho.
Uma das coisas mais difíceis sobre a morte de uma pessoa jovem é a perda do potencial. Do que poderia ser. Cory tinha muitos sonhos não realizados. Ele queria um material mais adulto, se provar como ator. E ele queria dirigir. Ele queria ser melhor, queria evoluir.
E então ele está congelado em um momento . Para gerações de crianças, futuros jovens impressionáveis que irão assistir seu inesquecível personagem Finn Hudson , ele será sempre o quarterback – uma pessoa que promove os desprezados, briga com os agressores, ama pelas razões certas.Cory irá continuar a mudar vidas para melhor.É um dom raro a tocar a vida de uma pessoa, quem dirá de milhões. ”