UPDATE 28/01/2016 – Suite Francesa era para ter estreado em dezembro, mas acabou sendo adiado, e começa a ser exibido hoje (28) nos cinemas de várias cidades – Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Brasília e Porto Alegre – mas nas demais, só mesmo na semana que vem ou na próxima. Provavelmente perdeu salas de seu circuito por causa da procura por Os Dez Mandamentos. Pena! De qualquer maneira, minha sugestão é que você não perca a oportunidade de ver. Fazia muito tempo que não assistia um filme com cenas tão delicadas, com uma química tão forte como a que existe entre Michelle Williams e Matthias Schoenaerts (ele é o máximo!).
Veja abaixo as minhas (outras) impressões sobre o filme, no texto que escrevi no mês passado:
Um belo filme! É uma boa descrição para Suite Francesa, que iria estrear essa semana nos cinemas, mas foi adiado para janeiro. Trata-se de uma história de amor que se passa na França, que começa a a ser ocupada pelos nazistas no início da segunda guerra mundial. Nele, conhecemos Lucille (Michelle Williams), que mora com a sogra, uma mulher amarga vivida pela ótima Kristin Scott Thomas, numa daquelas lindas cidadezinhas do interior do país. Quando os soldados começam a chegar, inicialmente com educação, ela conhece o tenente Bruno ((Matthias Schoenaerts). E, é claro, os dois se apaixonam.
https://www.youtube.com/watch?v=fW95OMgABVQ
Mas nada aqui é água com açúcar, ninguém é totalmente bom, ou totalmente ruim. Isso me fez admirar muito o filme. O diretor Saul Dibb (de A Duquesa) fez um romance onde nada é preto e branco, tudo é cinza (mas sem cinquenta tons). Só que o momento é de guerra e nem todas as decisões são as mais felizes, nem todas as opções são perfeitas.
O filme tem um apelo adicional pela sua história instigante por trás das cenas. O romance foi escrito por uma mulher judia, Irene Nemirofsky, que morreu no campo de concentração de Auschwitz, na época da guerra. O manuscrito foi guardado por sua filha,Denise Epstein, que não o leu uma única vez nos 50 anos seguintes. Ela acreditava que se tratava de um tipo de diário, e que seria muito doloroso conhecer seu conteúdo, e reviver os momentos de sofrimento da época da morte da mãe. Mas, já velhinha, Denise resolveu doar tudo tudo para os Arquivos da França, e então descobriu seu conteúdo. Publicado na França em 2004, logo se tornou um best-seller.
É admirável que mesmo depois de todo o sofrimento pelo qual certamente passou nas mãos dos nazistas, a autora ainda tenha revelado um notável desprendimento ao criar um “mocinho” que é um soldado alemão.Aliás, o charmosérrimo Mathias inicialmente pensou em recusar o papel por causa de seus princípios, mas reconsiderou após ler o livro. “Se a escritora amou tanto o personagem,então eu tenho que me permitir amá-lo também!”
Apaixonante, tanto o ator como o personagem!