A Netflix tem várias séries que são bem conhecidas e badaladas. Tem aquelas que fazem parte do acordo com a Marvel, como Demolidor e a ótima Jessica Jones. E tem os clássicos como Orange is the New Black e House of Cards. Mas eu gosto muito de uma que não está entre os maiores destaques do canal. Chama-se Bloodline, e é estrelada por Kyle Chandler e Ben Mendehlson, além das participações muito especiais de Sissy Spacek e Sam Shepard. Hoje, sexta-feira, dia 27, será disponibilizada para os assinantes do serviço, a segunda temporada.
Recomendo a primeira para quem ainda não viu. É um novelão dos bons. Apresenta a família Rayburn, que mora numa pequena cidade da Flórida. Os pais, vividos por Sissy Spacek e Sam Shepard, comandam um pequeno hotel na beira da praia, um local paradisíaco que obviamente esconde vários segredos de família. Perto do casal moram três de seus filhos, John (Kyle Chandler), o chefe de polícia local, Meg (Linda Cardelini), uma advogada dividida entre dois homens, e Kevin (Norbert Leo Butz), que ajuda nas tarefas, e que está à beira de um divórcio. Só que a rotina aparentemente calma é atrapalhada pela chegada do filho mais velho, Danny (Ben Mendehlson, que concorreu ao Globo de Ouro). Segredos, velhos problemas e discussões sobre dinheiro começam a vir à tona. E um assassinato acontece. Só que quem morreu e quem matou só serão descobertos muito mais para a frente dessa história, próximo ao final da temporada.
Apesar de seu final com cliffhanger – a aparição de um personagem inesperado na porta dos Rayburn – Bloodline me parecia inicialmente uma série com começo, meio e fim, uma série-evento como se costuma chamar. De qualquer maneira, estou curiosa para saber como a família vai resolver não só essa, mas outras várias situações que podem render uma boa história. Mas não veja o trailer abaixo se não desejar saber quem matou e quem morreu:
https://www.youtube.com/watch?v=Ihd1NujQJQc
Além das obviamente boas atuações de todo o elenco, com destaque especial para Mendehlson, a série ainda traz um roteiro interessante de idas e vindas, passado, presente e futuro, que pode até parecer confuso, mas ajuda a entender a narrativa dessa família que vive no presente com problemas do passado, que vão comprometer o seu futuro. Segundo o produtor Todd Kessler, ainda há muita história para contar. “Quando vendemos a série, nós vendemos um conceito de seis temporadas, ou seja, mergulharemos fundo na relações dessa família.”