Hoje em dia pode ser que a maioria das pessoas nem conheça Lindsay Wagner, que ficou famosa com a Mulher Biônica da TV. Mas ela sempre foi uma de minhas atrizes preferidas. Lindsay continua ativa, inclusive esteve em um episódio dessa temporada de NCIS como a mãe de Bishop (Emily Wickersham). Mas também viaja o mundo fazendo palestras sobre energia holística, bem estar, direitos humanos, ecologia e defesa dos animais. Ela completa hoje (22) 68 anos, com uma excelente disposição, participando de entrevistas e também fazendo aparições públicas ao lado de seu “companheiro biônico”, Lee Majors. Nada mais justo do que fazer aqui uma pequena homenagem, celebrando os meus momentos favoritos de sua carreira.
Ela começou como a maioria, fazendo pequenas participações em séries de TV como Galeria do Terror e Arquivo Confidencial no início do anos 70. Nessa época, conseguiu dois bons papéis no cinema, que deixaram seu rosto mais conhecido, ambos lançados em 1973. Amor sem Promessas, com Peter Fonda, e principalmente O Homem que eu Escolhi, que acabou dando o Oscar de coadjuvante a John Houseman como um exigente professor naquele ano. Lindsay fazia o interesse romântico do personagem de Timothy Bottoms, um estudante de direito de Harvard.
Sua participação em O Homem de Seis Milhões de Dólares, na época um dos grandes sucessos da TV, era para ser somente de dois episódios, para cumprir um resto de contrato com a Universal. Seu papel era o de Jaime Sommers, a namorada de infância do herói Steve Austin (Lee Majors), que tem um acidente às vésperas do casamento, se torna a mulher biônica, para morrer logo depois devido a uma rejeição aos membros biônicos. Só que ela fez tanto sucesso que resolveram lhe dar uma série só para as aventuras de Jaime. E mesmo tanto tempo antes de Game of Thrones, quem não foi degolado não está tecnicamente morto (rs). Então, ela foi revivida, arrumaram uma perda de memória, e o casamento não aconteceu, para que os dois pudessem ter suas séries paralelas, ocasionalmente fazendo participações especiais na série do outro. Lindsay ganhou um Emmy por sua interpretação em 1977.
Com o fim de A Mulher Biônica, Lindsay começou a fazer vários filmes para a TV, que eram muito populares na época. Adorei A Incrível Jornada da Doutora Meg Laurel, Princesa Daisy, Callie and Son e principalmente Os Dois Mundos de Jennie Logan. Este filme foi lançado mais ou menos na mesma época que Em Algum Lugar do Passado teve grande sucesso no cinema. Eu sempre preferi a história de Jennie, uma mulher casada, que vai morar numa casa antiga e encontra um vestido do século passado no sótão. Quando ela coloca o vestido, volta no tempo e encontra o antigo morador da casa, por quem se apaixona. Lindo, lindo! Veja só o trailer da época (qualquer semelhança com Outlander será mera coincidência? Rs.)
Lindsay também foi a estrela de uma minissérie na época de grande sucesso chamada Scruples. Eu havia lido o livro, e esperei ansiosa pela exibição no Brasil, que pelo que eu saiba, nunca aconteceu. Anos depois, ao viajar para os Estados Unidos, finalmente descobri o DVD e consegui assisti-lo. Obviamente envelheceu, mas eu adoro essa história e Lindsay está perfeita como a herdeira Billy Ikehorn. Em 2012, foi feita uma nova versão, com Claire Forlani no papel de Billy. Lindsay fez a narradora.
Ela fez ainda duas séries que duraram somente uma temporada: Jessie e A Peaceable Kingdom. Participou também de vários episódios de Warehouse 13 como a médica Vanessa. Mas para os fãs, um verdadeiro presente em sua carreira foram os três filmes com os reencontros de Steve Austin e Jamie Sommers, produzidos em 1987 – O Retorno do Homem de Seis Milhões de Dólares e da Mulher Biônica -, 1989 – Bionic Showdown: The Six Million Dollar Man and the Bionic Woman e e de 1994 – Bionic Ever After. Foi um momento único para os fãs de Lindsay, Lee e dos biônicos.