As pessoas gostam de ir ao cinema para chorar. É verdade! Desde os primórdios do cinema, isso é um fato. Filmes como Carta a uma Desconhecida nos anos 40, Tarde Demais para Esquecer nos 50, Romeu e Julieta nos 60, Love Story nos 70 e assim por diante. Essa semana mais uma notícia comprovou outra vez o poder das lágrimas. Como Eu era Antes de Você, aquele belo drama estrelado por Emilia Clarke e Sam Claflin atingiu a marca de 200 milhões no mundo. Pode parecer pouco quando se sabe que os filmes de super-heróis e as animações infantis falam de 1 bilhão. Mas trata-se simplesmente de um retorno 10 vezes maior que o seu custo – por volta de 20 milhões. Bom negócio, não?
As razões desse sucesso são várias. A primeira, é claro, é oferecer para o público feminino, maioria da audiência desse tipo de filme, uma opção que não tenha explosões, tiros etc. No caso do mercado norte-americano, por exemplo, a alternativa da contra-programação funcionou bem. O analista da Exhibitor Relations, Jeff Bock, afirma que “qualquer filme decente lançado durante o verão, com todos os seus blockbusters, que tenha como target as mulheres, irá ser muito bem-sucedido – especialmente porque tudo mais em cartaz nos cinemas é destinado a jovens de 13 anos, ou pessoas que agem como eles”. No caso específico de Como Eu era Antes de Você, não havia competidores diretos.
Esse também foi o caso de A Culpa é das Estrelas, que em 2014 atingiu números ainda maiores – 307, 2 milhões – enquanto sua produção havia custado ainda menos, somente 11 milhões. Então, já que é tão bom chorar assistindo um bom filme, aqui tem algumas dicas de filmes para assistir sozinha, ou no máximo com as amigas, sempre munida de uma boa caixa de lenços de papel.
– A Culpa é das Estrelas – Baseado num best-seller de John Green, foi um sucesso enorme em todo o mundo. Como resistir a uma história tão linda sobre dois jovens (Shailene Woodley e Ansel Elgort) que conseguem aproveitar o amor por tão pouco tempo?
– Diário de uma Paixão – Um dos clássicos da choradeira. Rachel MacAdams e Ryan Gosling são dois jovens apaixonados que foram separados por imposição da família e da guerra. O romance dos dois foi tão forte na ficção, que eles acabaram namorando durante anos na vida real.
– Te Amarei para Sempre – Rachel MacAdams é a rainha do gênero. Além dos dois citados aqui neste texto, ela ainda fez outros dois bem “choráveis”, Para Sempre e Questão de Tempo. Em Te Amarei para sempre, ela é uma jovem que se apaixona por um homem (Eric Bana) que involuntariamente tem que viajar no tempo. Lindo demais.
– Ghost: Do Outro Lado da Vida – Outro dia, revi Ghost em uma reprise na TV a cabo. E ele ainda faz a gente se emocionar, mesmo depois de 26 anos. Demi Moore está simplesmente maravilhosa com uma jovem apaixonada, cujo namorado foi assassinado, mas que permanece ao seu lado para avisá-la de um perigo iminente.
– Um Amor para Recordar – Mandy Moore e Shane West fizeram juntos este clássico da sessão da tarde. Eles são um jovem casal que se apaixona depois que se conhece quando ele é forçado a fazer serviços comunitários. Mas, como o filme é para chorar…
– Se Eu Ficar – Depois de um acidente, uma jovem fica em coma. E, enquanto acompanha as reações das pessoas e o que acontece à sua volta, tem que decidir se deve acordar e viver uma vida muito diferente do que tinha, ou simplesmente desistir. Mais um filme que tornou Chloe Grace Moretz super popular entre as adolescentes.
– Tudo por Amor – Na época em que esse filme foi lançado, nos anos 90, a música de Kenny G era tocada em todos os lugares à exaustão. Aqui, Julia Roberts é Hillary, uma jovem que vai trabalhar como enfermeira de um jovem, que está destinado a morrer de leucemia. E é claro que os dois se apaixonam. Aliás, a história é bem similar a Como Eu era Antes de Você, não é?
– Sommersby – O Retorno de um Estranho – Lembro-me que quando assisti esse filme num cinema de shopping, cheguei a ficar com vergonha de sair da sala, pois havia chorado tanto com o filme que minha cara tinha ficado totalmente deformada. Desde então. nunca mais o revi. Jodie Foster é uma mulher que cuida de uma fazenda que suspeita que o homem que voltou da guerra não é seu marido, que a deixou anos antes. Será que o filme ainda consegue emocionar tanto?