Muita gente hoje em dia pode não se lembrar de Maximilian Schell. Ele foi o vencedor do Oscar (além do Globo de Ouro e o prêmio dos Críticos de Nova York) em 1961, por seu papel do advogado de defesa dos nazistas em Julgamento em Nuremberg, Um filme poderoso que só assisti recentemente no Telecine Cult. Nele, Maximilian tem uma atuação nervosa , quase histérica, e tremendamente determinada. Era um papel que Marlon Brando queria muito fazer. E apesar de ter ficado tentado a aceitar, o diretor Stanley Kramer ficou tão impressionado com a atuação de Maximilian neste mesmo papel numa versão para TV, que resolveu bancar o ator quase desconhecido.
Ele morreu nesta madrugada num hospital de Innsbruck, na sua terra natal, a Áustria. Ele tinha 83 anos. Criado na Suíça, ao lado de sua irmã, a também atriz Maria Schell, Maximilian estreou no cinema americano em 1958 com Os Deuses Vencidos, ao lado de Brando. Daí em diante, fez uma carreira sólida e longa, totalizando 107 filmes como ator. Além de sua vitória por Julgamento em Nuremberg, ele ainda foi indicado como melhor ator por O Homem na Caixa de Vidro em 1976 e como coadjuvante em 1977 por Julia. Foi premiado ainda com um Globo de Ouro como melhor coadjuvante por sua atuação no filme feito para TV, Stalin.
Como diretor, seu filme de 1973, Der Fußganger, venceu o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro , além de ser indicado ao Oscar. Também fez dois documentários muito bem recebidos pela crítica. Um sobre Marlene Dietrich, chamado Marlene, indicado ao Oscar na categoria e outro sobre sua irmã, Maria Schell (falecida em 2005), chamado Meine Schwester Maria, de 2002.
Um de seus últimos filmes exibido por aqui foi Vigaristas, de 2008, onde atuava ao lado de Rachel Weiz, Adrien Brody e Mark Ruffalo.