É difícil imaginar o mundo (ou a galáxia) sem a Princesa Leia. Infelizmente essa é a realidade, já que foi confirmado que a atriz Carrie Fisher faleceu hoje (27). A atriz havia passado mal e tido um ataque cardíaco num voo entre Londres, onde havia ido lançar sua autobiografia, e Los Angeles um pouco antes do Natal. Foi reanimada e levada a um hospital de Los Angeles. A última notícia dada pelo Twitter por sua mãe, Debbie Reynolds, era que o estado da atriz era estável. Infelizmente, o porta-voz da família Simon Halls declarou num comunicado em nome da atriz Billie Lourd, filha de Carrie e estrela da série Scream Queens: “É com grande tristeza que Billie Lourd confirma que sua amada mãe Carrie Fisher faleceu às 8.55 esta manhã. Ela era amada pelo mundo e será sua fata será sentida profundamente. Toda a nossa família agradece por seus pensamentos e orações.”
Carrie Fisher era filha de um casal de ouro dos anos 50 em Hollywood, Debbie e o cantor Eddie Fisher. Cresceu no meio da indústria cinematográfica, e estreou em grande estilo, aos 19 anos no grande sucesso de bilheteria, Shampoo, com Warren Beatty. Foi logo depois, em 1977, que foi contratada para ser a princesa Leia Organa em Star Wars, hoje conhecido com Star Wars: A Nova Esperança. Nem ela nem ninguém poderia esperar que se tornaria um ícone com aquele papel, com aquele penteado, que ela odiava.
Logo depois, vieram as sequências, O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi. Mas depois disso, como atriz, ela acabou recusando papeis importantes como Sarah Connor em O Exterminador do Futuro, Kathryn Murphy em Acusados e até o de Emmeline em A Lagoa Azul. Em vez disso, fez participações pouco memoráveis em Os Irmãos cara de Pau, O Homem do Sapato vermelho, Hannah e suas Irmãs e mais tarde em Harry e Sally: Feitos um para o Outro.
Ela teve mais sucesso que roteirista e escritora. Vários filmes como a segunda trilogia de Star Wars (a primeira cronológica) tiveram um dedo de Carrie no roteiro. Seu trabalho como script doctor (médica de roteiro) era famoso em Hollywood. Escreveu vários livros, um deles, o autobiográfico Lembranças de Hollywood, sobre a vida de uma atriz viciada que tem que voltar a morar com sua mãe famosa, tinha Meryl Streep (indicada ao Oscar), no papel de Suzanne/Carrie. Infelizmente não cheguei a ver seu show na Broadway, Wishful Drinking, baseado em seu livro, que depois virou um especial de TV, indicado ao Emmy.
Fazia participações ocasionais em filmes e séries, como em As Panteras Detonando (Madre Superiora), em Smallville (Pauline Khan) ou ainda em The Big Bang Theory, como Carrie Fisher. A oportunidade de voltar a ser a Princesa Leia em Star Wars: O Despertar da Força no ano passado trouxe uma nova geração de fãs para a atriz. E ainda a belíssima homenagem em Rogue One: Uma História Star Wars, atualmente nos cinemas, tornou o filme ainda mais obrigatório agora que Carrie se foi.
Ela já tinha acabado de filmar suas cenas do Episódio 8, o novo filme de Star Wars, programado para estrear no ano que vem. Infelizmente será a última vez que Carrie poderá ser vista “em carne e osso” como a Princesa Leia. Vai fazer falta. Onde quer que esteja, Carrie Fisher, espero que a força esteja com você!