Aliados, que estreia esta semana nos cinemas é “aquele” filme sobre o qual todo mundo falou na época da separação de Brad Pitt e Angelina Jolie. Na ocasião, a fofoca era que o motivo da briga teria sido a atriz Marion Cotillard, com quem Brad filmou esta história de amor passada na época da segunda guerra. A atriz logo desmentiu, deixando claro que não tinha nada a ver com essa história e, muito pelo contrário, estava grávida do marido, o também ator Guillaume Canet.
Como acontece nesses casos, um escândalo desses envolvendo um filme pode ser bom ou ruim para a bilheteria. No caso de Aliados, o resultado foi ruim. Ele custou 85 milhões de dólares nos Estados Unidos e rendeu 40. Mas foi meio injusto. O filme é lindo, bem feito, com uma boa história baseada em fatos reais. Brad e Marion são Vantan e Marianne, dois agentes que se conhecem em uma missão de guerra para assassinar um embaixador nazista, em Casablanca, no Marrocos. É lógico que os dois acabam apaixonados, e vão juntos para Londres, onde se casam. Só que depois de um tempo e uma filhinha, Vantan recebe a informação secreta de que sua companheira pode ser uma espiã alemã. E deverá descobrir a verdade sobre ela.
Apesar de bom, Aliados tem uma ar de filme antigo, então é difícil atingir o público jovem, que é a maioria que vai ao cinema. Também tem o problema de que Brad e Marion não tem a menor empatia, nem um pingo de química (qualquer um que tivesse visto o filme na época das fofocas teria visto que ali não havia coisa alguma).
De qualquer forma, a atmosfera do filme lembra muito aqueles grandes clássicos de espionagem da época da guerra como Interlúdio, de Alfred Hitchcock, ou mesmo Casablanca. A direção de arte, a fotografia são um deslumbre. Os figurinos, que deram ao filme sua única indicação ao Oscar são simplesmente maravilhosos. Quem gosta do gênero, com certeza vai ter bons momentos vendo o filme.