Este início de semana foi novamente triste. Perdemos o diretor de um dos mais deliciosos filmes já feitos, a vedete do Brasil e a mais bem sucedida atriz infantil da história. Ontem, foi anunciada a morte de Shirley Temple. Talvez muita gente hoje não saiba quem ela é. Mas ela foi a maior atração de bilheteria nos primórdios do cinema, de 1935 a 1938. E se hoje você pode assistir filmes como X-Men, Os Simpsons, Duro de Matar e Planeta dos Macacos (só para citar alguns ) é graças a ela, que com seus filmes salvou a 20th Century Fox da falência certa com seus filmes inocentes e divertidos.
Ela estreou no cinema com apenas 3 anos e aos 5 já sabia atuar, dançar e cantar.Fez diversos curtas até seu primeiro grande sucesso, Alegria de viver. Mas seu reinado como rainha das bilheterias começou em 1935 com seu maior clássico, A Mascote do regimento. Outros sucessos viriam como A Pequena Órfã, A Pequena Rebelde, Pobe Menina Rica, Heidi e A Princesinha. Ganhou inclusive um Oscar especial em miniatura pelo “reconhecimento por sua enorme contribuição ao entretenimento cinematográfico durante o ano de 1934”. Foi então que sua carreira começou a declinar. Ela estava crescendo e toda aquela naturalidade se perdeu. Ela ainda fez alguns filmes como adulta como Sangue de Heróis de John Ford mas logo deixou o cinema. Fez uma série de TV para crianças, Shirley Temple´s Storybook. Mas logo começou a se dedicar a política sendo embaixatriz em Gana e na então Checoslováquia. Em 2006, recebeu um prêmio SAG`s especial por sua carreira.
Ela tinha 85 anos, três filhos, e sua família soltou a seguinte declaração: “Nós a saudamos por uma vida de fantásticas conquistas como atriz, diplomata e…nossa adorada mãe, avó e bisavó”.
O cinema perdeu ainda no domingo o premiado diretor de A Festa de Babette, o delicioso filme vencedor do Oscar de filme estrangeiro de 1997. Poucos filmes seus chegaram ao Brasil. Jutland-Reinado de Ódio e Lumiere e Companhia, entre eles. Ele tinha 95 anos e morreu em seu país natal, a Dinamarca.
Com 94 anos perdemos também Virginia Lane, a Vedete do Brasil, conforme prêmio entregue por Getúlio Vargas.Foi cantora e dançarina além de uma das maiores estrelas do teatro de revista (tipo de comédia musical, popular, que abordava críticas sociais e políticas com muita sensualidade). No cinema fez 37 filmes entre eles os clássicos Alô, Alô Carnaval (1936) e Carnaval no Fogo (1949).