Quando eu era menina, adorava ver aqueles filmes fofos e despretensiosos que eram exibidos na sessão da tarde. O Espaço entre Nós, que estreou nos cinemas esta semana, caberia perfeitamente nessa programação. Tem humor, emoção, bons atores, romance e uma história de redenção. Se você procura um filme assim, esse será uma boa escolha. Só não espere uma história lógica de ficção-científica, porque não é o caso.
Tudo começa com Nathaniel Shepherd (Gary Oldman) anunciando a primeira equipe que terá como objetivo começar a viver em Marte. Só que na viagem de ida, a líder do grupo se descobre grávida. O bebê chamado Gardner nasce em Marte e por uma série de circunstâncias, tornando-se impossível trazê-lo de volta. As coisas entretanto mudam quando ele já é um adolescente (Asa Butterfield, de A Invenção de Hugo Cabret), e terá que ser mandado de volta.Aqui ele vai acabar numa jornada de descobertas ao lado de Tulsa (Britt Robertson, de Uma Longa Jornada) pelo interior dos Estados Unidos. Nesse ponto há momentos divertidos com as primeiras experiências de Gardner na Terra, vivendo situações muito diferentes da vida cercada por cientistas de Marte.
A produção é de primeira linha, com um bom elenco que conta ainda com a ótima Carla Gugino, como uma cientista. Infelizmente, o filme não foi bem de bilheteria nos Estados Unidos. Custou 30 milhões e só rendeu sete. Uma pena, mas talvez não haja mais espaço nesse mundo de super-heróis, robôs e histórias dark para um filme tão fofinho e singelo.