Hoje, às 21 horas, estreia mais uma temporada, a terceira, da série Psi, na HBO. Para quem não conhece, narra a vida do psicólogo, psicanalista e psiquiatra Carlo Antonini, vivido pelo ator Emilio de Mello, dentro e fora do consultório, e seus vários envolvimentos com seu clientes. O roteiro foi baseado em dois romances de Contardo Calligaris, Conto do Amor e A Mulher de Vermelho e Branco. Agora, ao contrário das duas temporadas anteriores, os dez episódios serão divididos de forma diferente. Cada história contará com dois episódios, fazendo com que fique mais ainda similar a um longa-metragem.
O primeiro já é um soco na boca do estômago. Uma jovem que sofre de uma doença incurável, similar aquela vivida por Shailene Woodley em A Culpa é das Estrelas, resolve se matar. Ela então recorre a uma empresa que providencia estrutura através de um suicídio assistido, mesmo que isso seja contra a lei no Brasil. A estrela portuguesa Maria de Medeiros faz uma participação especial como a responsável pela empresa. Carlo é quem cuida da menina mas não tem ideia de seu objetivo. Na sessão para a imprensa, vários se emocionaram ao final dos dois episódios. Não foi o meu caso. Mas gostei da forma como a história foi desenvolvida. Obviamente, é um assunto que vai provocar muita discussão, já que o suicídio, ainda mais o assistido, ainda é um grande tabu.
Eu perguntei para Contardo Calligaris se havia uma razão específica de começar a nova temporada com algo tão polêmico. Ele me disse que na verdade inicialmente esse não seria o primeiro episódio, mas em discussões com a HBO, se decidiu que este seria a melhor opção, devido a algumas situações pelas quais Carlo passa nesse episódio, e que vão determinar algumas mudanças em seu comportamento nos episódios subsequentes.
PSI já foi indicada ao Emmy Internacional na categoria de melhor série em 2015, assim como o protagonista Emílio de Mello na categoria de melhor ator.