Eu sou fã dos filmes de Alien. Acho que o primeiro, Alien: o 8º passageiro, é um dos filmes mais aterrorizantes que já vi. O segundo, Aliens: O Resgate, que revi recentemente, também é ótimo, inclusive resistiu até melhor ao tempo. Os outros dois, Aliens 3 e Alien Ressurection têm seus bons momentos, apesar de não estarem no mesmo nível. Depois de muitos anos, em 2012, veio Prometheus, novamente sob a direção de Ridley Scott. Confesso que apesar de ter atores que eu adoro, como Charlize Theron e Michael Fassbender, o filme não me conquistou. Ele até teve um bom resultado, mas não espetacular, de 400 milhões de dólares no mundo. Considerando que custou 130, foi razoável. O suficiente para garantir uma sequência, que chega hoje aos cinemas, Alien: Covenant. Ele, na verdade, se tornou o segundo filme de uma trilogia para fechar definitivamente a história. O terceiro que virá, segundo Ridley Scott irá juntar a atual trilogia com Alien: O 8º Passageiro, de 1979.
Mas falando de Alien: Covenant, o filme se passa 10 anos depois de Prometheus. Covenant é o nome de uma nave que está levando 2000 pessoas em câmaras para povoar um novo planeta. Só que um problema técnico acaba criando uma situação, que faz com que a equipe seja acordada pelo ser artificial Walter (Michael Fassbender). Quando uma tragédia acaba acontecendo, isso vai afetar todos da tripulação. O comandante (Billy Crudup) resolve então investigar um daqueles famosos sinais de pedidos de socorro. E todos, bem tontinhos, aliás, – acho que nunca viram um filme de ficção científica (rs) – acabam descendo no mesmo planeta onde Noomi Rampace e Michael Fassbender (como David) terminaram em Prometheus.
O filme tem uma série de referências. A volta à nave do infectado, a heroína que se parece com Ripley (Katherine Waterston, de Animais Fantásticos), a explosão do tórax que representa o nascimento do Alien. Também tem uma cena, que apesar de colocar um breve freio na ação, é um primor de tecnologia, onde Fassbender contracena com ele mesmo no encontro de David e Walter. Você vai ficar um bom tempo imaginando como ela foi feita.
No final, o que fica é que depois de Prometheus, Covenant está num nível superior. Ele obviamente não é tão bom como Alien e Aliens, os dois primeiros. Mas está no nível do terceiro e do quarto. Tem alguns bons momentos de tensão, efeitos de primeira linha, e ainda responde algumas questões sobre a origem dos Aliens. Covenant é ok, mas não vai ficar para a história. Agora é esperar pelo próximo filme, que segundo Ridley Scott, vem tendo seu roteiro escrito atualmente. E como isso tudo vai se juntar à história de Ripley.