Todo mundo já deve saber que Rei Arthur: A Lenda da Espada foi um tremendo fracasso na sua estreia nos Estados Unidos na semana passada. Falaram que o filme estraga a lenda, que já tiveram filmes demais sobre o tema, que o diretor Guy Ritchie errou na história, que não tinha Guenevere e Sir Lancelot… Ou seja, todo o mundo deu pitaco na situação, como se dizia antigamente. Acho tudo isso injusto! Achei o filme divertido, bem feito, com boas cenas de ação, uma bela fotografia. Uma ótima opção de entretenimento leve para todas as idades, que está em cartaz nos cinemas.
O filme acompanha a história de Arthur, provavelmente o rei mais famoso da Inglaterra, desde bebê, quando seu pai , o rei ( Eric Bana), foi morto pelo tio (Jude Law), que desejava a coroa mais que tudo. O bebê conseguiu ser salvo e resgatado por prostitutas (olha o delicioso detalhe politicamente incorreto), e cresceu aprendendo a roubar, brigar e proteger o “negócio” que assumiu. Mas um belo dia acaba brigando com quem não deve e tem que tentar tirar a espada, que mostrará quem é o verdadeiro herdeiro do trono, de uma pedra. Até aí todo o mundo sabe. O que vem depois é que é diferente. Arthur deverá fugir com a ajuda de alguns amigos para poder lutar com seu tio e retomar seu trono de direito.
Você vai reconhecer muitas caras conhecidas no filme. O jogador David Beckham é o soldado que cuida da pedra, o diretor Guy Ritchie faz uma ponta como o ferreiro, Aidan Gillen, o Little Finger de Game of Thrones, é Bill, além da modelo Poppy Delevingne (sim, irmã de Cara) como a mãe de Arthur. Isso sem contar Djimon Hounsou, Annabelle Wallis (do terror Annabelle) e a espanhola Astrid Bergès-Frisbey, que faz um papel, que pelo menos para mim, parece o de Morgana.
O projeto do filme já vem rolando há muito tempo em Hollywood. Ficou anos na mão de Michael Bay, até acabar com Guy Ritchie. Eu gosto muito do trabalho de Guy, com sua direção rápida, a edição diferenciada, movimentos de câmera inesperados. É uma pena que este, e seu filme anterior, o também ótimo O Agente da U.N.C.L.E. não tenham conseguido alcançar o público esperado. Como sempre, ele gosta de trabalhar com homens bonitos, Henry Cavill (que era uma das escolhas iniciais para o papel de Arthur), Armie Hammer, Brad Pitt, Gerard Butler, Robert Downey Jr. . Aqui o escolhido é o astro de Sons of Anarchy, Charlie Hunnam, que está bem no papel. Eu fui uma das muitas vozes contra quando foi anunciado que ele seria o Christian Grey em 50 Tons de Cinza, do qual ele acabou desistindo. Mas, ele faz um ótimo Arthur, até com uma certa ironia que eu realmente não esperava.
Eu fiz uma entrevista exclusiva essa semana quando ele veio ao Brasil para divulgar o filme. Posso dizer que ainda é mais bonito e mais simpático do que poderia esperar. Falamos sobre o filme, sobre o reencontro com Jude Law, mais de dez anos depois que os dois atuaram em Cold Mountain, e por incrível que pareça, sobre gatos. Aguarde, que vou postar esse fim de semana!