Talvez você não saiba direito quem é Dylan O’Brien, dependendo da sua idade. Mas ele tem uma legião de fãs apaixonadas, que querem saber tudo sobre o ator desde que ele apareceu pela primeira vez ainda garotinho em Teen Wolf. Depois com os filmes de Maze Runner, isso só ficou maior. Ele inclusive vai estrear o terceiro filme da franquia, A Cura Mortal, que tem lançamento programado para janeiro de 2018. Foi durante esse filme que ele sofreu um grave acidente, do qual aparentemente se recuperou sem sequelas, já que ele está firme e forte em O Assassino: Primeiro Alvo, que estreia essa semana nos cinemas.
Baseado nos livros best-seller de Vince Flynn (são 15), o filme é uma história de origem do seu famoso personagem Mitch Rapp. Aqui ficamos sabendo como uma tragédia pessoal o levou a um treinamento duro, que aliado a uma determinação fora do comum, o transformou em uma pessoa de interesse da CIA para uma unidade secreta para resolver os mais diversos problemas de terrorismo no mundo. Com isso, ele é levado a fazer uma “especialização” nada oficial com Stan Hurley (Michael Keaton), o chefe desse grupo.
A ideia da adaptação dos livros de Flynn é algo que vem circulando há um bom tempo em Hollywood, inclusive Gerard Butler esteve ligado ao projeto numa ocasião. Mas posteriormente, os produtores optaram pela história de origem, e, por consequência, um Mitch Rapp mais jovem. Com isso, pretendem atingir um público igualmente jovem e também feminino, que normalmente não se interessa por produções do gênero, além de assegurar alguns anos e sequências para formar uma franquia caso o filme seja um sucesso.
Na verdade, você já viu esse tipo de filme muitas vezes, com Schwarzenegger, Bruce Wilis, Nicolas Cage, Matt Damon e até Jean Claude Van Damme. Se algo tão típico dos anos 80, 90, vai funcionar nos dias de hoje, é algo para se ver. Pessoalmente, me diverti com o gênero, com as cenas de ação, com o cara bom e determinado que sempre consegue vencer o mal. Afinal, essa é uma das vertentes mais populares desde os primórdios do cinema.
Dylan O’Brien tem carisma, e as filmagens começaram logo depois que ele se recuperou do acidente das filmagens de Maze Runner. Em entrevista a revista Vulture, ele disse “quando eu estava me preparando para esse papel, eu estava passando por uma série de coisas. A barba (que ele usa durante uma parte do filme) era por causa do acidente. De seis a oito semanas depois do acidente eu não podia me barbear, porque eu ainda estava me recuperando, mas mesmo depois, quando eu podia me barbear, eu não queria. Olhando para trás, eu vejo que estava me escondendo atrás dela. Isso acabou me mostrando que isso tinha muito a ver, afinal este personagem passou por um trauma… e o quanto ele mudou tanto fisicamente como emocionalmente e psicologicamente, Eu estava passando pela mesma coisa”.
Além dele, o filme ainda tem uma produção bem feita, há locações em vários países, e Michael Keaton voltando ao seu normal, com direito a todas as caretas, que ele havia deixado de lado em filmes como Birdman e Fome de Poder. Ou seja, uma boa diversão de cinema.