Eu adoro o filme Linha Mortal, um suspense feito nos anos 90 estrelado por Julia Roberts, Kiefer Sutherland e Kevin Bacon. Foi um sucesso de bilheteria, e contava a história de jovens estudantes de medicina que começam a fazer experiências em si mesmos buscando respostas sobre o que acontece com o cérebro depois da morte. Quando foi anunciado que seria feita uma nova versão/sequência/derivado dele, fiquei realmente entusiasmada. Ao contrário da maioria, acho que sempre vale ver uma nova interpretação de um filme mais antigo, o que possibilita que uma nova geração tenha acesso à sua história. Caso ele seja bom, ótimo. Caso não seja, você sempre terá o mais antigo para ver e rever.
O caso de Além da Morte, que estreia amanhã nos cinemas com um título brasileiro diferente do original (em inglês é o mesmo, Flatliners), infelizmente, se encaixa no segundo grupo. Já aviso que não se trata de uma sequência, é somente uma reimaginação/ refilmagem/ reboot. Talvez esse tenha sido o grande erro. Se fosse uma sequência, é provável que não fosse tão frustrante. Além da Morte não chega nem perto do clima e do suspense de Linha Mortal. O ponto de partida é o mesmo, cinco jovens estudantes começam a fazer experiências com o que acontece depois da morte usando a si mesmos como cobaias, só que acabam sendo atormentados depois com fantasmas do passado.
No elenco estão Ellen Page, Diego Luna, Nina Dobrev, James Norton (da série do Mais Globosat, O Vigário) e Kiersey Clemons ( que será a Iris West do filme do The Flash e da Liga da Justiça). Mas quem funciona mesmo são somente Nina e James, os outros estão péssimos, com cara de paisagem todo o tempo. E ainda quando você vê que Kiefer Sutherland está no elenco, acaba esperando uma reviravolta, algo que revele uma ligação do médico professor daqui com o Nelson do primeiro filme. Não caia nessa. Não tem ligação alguma, ele é só um personagem qualquer. Ou seja, uma frustração grande. Mais uma.
É melhor ver mais uma reprise do original.