É muito claro que Cate Blanchett é uma das melhores atrizes da atualidade (ao lado de Kate Winslet, óbvio). Ela tem dois Oscars, é respeitadíssima, e principalmente, faz bem qualquer papel. Essa semana, ela está em dois filmes que estrearam hoje nos cinemas. A super-produção Thor, onde ela faz a sexy vilã Hela, e o “filme-cabeça” Manifesto. Não poderiam ser mais diferentes, mas comprovam algo que a gente já sabe há muito tempo: Cate é o máximo!
Só para se ter uma ideia, Manifesto é um filme sem história. Ele é uma série de sketches com uma homenagem às declarações artísticas e inovadoras do século XX, dos futuristas e dadaístas ao Pop Art, Fluxus, Lars von Trier e Jim Jarmusch. Todas elas são encenadas da forma mais inesperada por Cate, fazendo 13 personagens diferentes em monólogos com resultados que variam. Os dois últimos até que são divertidos, mas em outros, como o primeiro, onde ela faz um mendigo exagera nos silêncios, na câmera parada que acompanha um andar interminável de um lado para outro. Confesso que cansei! Me pareceu em vários momentos, que seria mais eficiente em pequenos filmes de cinco minutos para você acompanhar em diferentes momentos. Talvez até a mensagem sobre a importância da arte, da liberdade de criação, ficasse mais eficiente.
Mas é claro, que Cate é tão boa que você acaba com os olhos presos nela, nesse exercício monumental de versatilidade. Seja como uma diva diretora de um espetáculo teatral, uma mãe de família ou mesmo como uma trabalhadora sem esperanças, ela consegue manter o seu interesse. Atriz das boas!