Pode ser que você conheça a cara de Taylor Sheridan de suas participações em séries como Veronica Mars (ele era Danny Boyd) ou Sons of Anarchy (Chefe David Halle). Ou ainda como o roteirista premiado de Sicario: Terra de Ninguém e A Qualquer Custo, este último inclusive lhe deu uma indicação para o Oscar. Mas agora Taylor resolveu, além de escrever o roteiro, também se aventurar pela direção em Terra Selvagem, que chega essa semana nos cinemas. E se sai muito bem.
Mais uma vez, o roteiro lida com violência, perda, e grandes espaços. Aqui, Taylor Sheridan conta a história de suspense policial que acompanha uma investigação sobre o assassinato de uma jovem de uma comunidade indígena nas montanhas durante o inverno. Uma agente novata do FBI se junta a um caçador/rastreador com ligações com a comunidade local e um passado que o atormenta, para investigar o caso.
Aparentemente, o filme é parecido com tantos outros que você já viu, mas o tratamento é bem diferente. Ele tem um suspense ininterrupto, é realmente difícil adivinhar quem é o culpado antes do tempo, e há momentos de genuína emoção. Além disso, a paisagem das montanhas cobertas de neve é de tirar o fôlego – filmado em Ohio e não no Wyoming, onde a história se passa, com trilha sonora de Nick Cave e Warren Ellis.
Vários atores que você conhece em papéis de índios no cinema, estão aqui, e a maioria em atuações estupendas. É o caso de Graham Greene como o Chefe de polícia local, e Gil Birminghan, como o pai da jovem morta. Os fãs de Crepúsculo vão se lembrar de ambos e de Julia Jones dos filmes da série.
O universo Marvel, por incrível que pareça, está bem presente no filme. Rs! Afinal, tem uma participação especial de Jon Bernthal (The Punisher), e Jeremy Renner e Elizabeth Olsen, que já atuaram juntos nos Vingadores, têm uma boa química nos papeis principais. Elizabeth especialmente, está ótima como sempre, fazendo uma agente na linha de Clarice Starling, que com sua coragem, se faz respeitar num ambiente pouco amistoso.
O filme foi exibido na Mostra Un Certain Regard no Festival de Cannes e foi aplaudido de pé ao final da sessão. Merece e vale conhecer!