Essa semana estreou na Netflix The Sinner, uma série policial com Jessica Biel e Bill Pullman, que é baseado no livro de Petra Hammesfahr. Com oito capítulos, ela foi exibida nos Estados Unidos durante o verão no canal USA, e foi um grande sucesso. Aliás, foi tanto que chegou a surpreender a estrela e produtora executiva, Jessica Biel, “Na verdade, fiquei muito surpresa com os números que conseguimos”. Com isso, The Sinner, originalmente concebida como minissérie, pode ganhar uma segunda temporada, talvez agora seguindo um novo caso do detetive ou mesmo com personagens totalmente novos.
Na série, Cora Tannetti (Jessica Biel) é uma mulher que vive um cotidiano banal, e está sempre com um olhar triste. Casada, tem um filho e ajuda o marido e sua família num pequeno negócio. Moro ao lado dos sogros, que gostam de se meter na sua vida. Porém, nada parece escapar a padrões conhecidos. Só que numa bela manhã, durante um passeio numa praia lotada, tudo muda. Tomada de fúria, Cora esfaqueia um rapaz que está num grupo que escuta música alta ao seu lado.
Depois do crime, é presa. Jura não conhecer a vítima nem as razões que a levaram a tal violência, parecendo conformada com seu destino na cadeia. A partir daí começa a se desenrolar a história partindo de um princípio interessante, afinal o público sabe quem é a assassina, mas tem que descobrir qual o seu motivo. Só que quando tudo parece definido, entra em cena o detetive Ambrose (Bill Pullman), uma figura igualmente complexa. Ele está certo que há alguma coisa por trás de tudo isso, e começa a investigar o passado de Cora, tentando descobrir qual a origem de seu ato.
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O filme apresenta idas e vindas do passado. O público acaba conhecendo aos poucos a história de Cora desde sua infância, passando pela adolescência e juventude, enquanto tudo vai se encaixando na investigação. Muitas vezes, caminhos que aparentemente seriam claros, acabam dando voltas, provocando uma curiosidade cada vez maior no público. Mas prepare-se , pois a série toca em assuntos polêmicos como religião, sexo e drogas.
O elenco todo está bem com o óbvio destaque para Jessica Biel. Sempre eficiente, aqui ela escolhe um caminho difícil pois em muitos momentos mostra Cora praticamente sem forças, o que pode fazer com que muita gente não dê o devido valor à sua atuação. Bill Pullman faz o de sempre, correto mas sem grandes diferenças do que estamos acostumados. De resto, o elenco quase desconhecido faz um ótimo trabalho, com destaque para Enid Graham como a mãe, Jacob Pitts como JD, e Nadia Alexander como a Phoebe adulta.