Quando 2017 começou, parecia que seria um ano incrível para Matt Damon. Teria vários filmes para estrear, uma super-produção e dois filmes de festivais. Mas o que se vê hoje, é que na verdade esse ano foi péssimo para ele. Veja só:
– A Grande Muralha, foi feito com dinheiro chinês, a um custo de 150 milhões de dólares. Apesar de ter conseguido atingir quase 300 milhões no mundo, nos Estados Unidos ele fez apenas 43. E além do mais, teve que enfrentar a controvérsia da história mostrá-lo com “o grande salvador branco”. Pessoalmente, eu até gosto do filme.
– Suburbicon: Bem-Vindos ao Paraíso, que estreou nos cinemas brasileiros nesta semana, foi muito mal em sua carreira nos Estados Unidos. Rendeu apenas pouco mais de 5 milhões de dólares e saiu dos cinemas após três semanas. Uma pena, já que o filme é ótimo.
– Pequena Grande Vida, de Alexander Payne, estreou essa semana nos Estados Unidos. No Brasil chegará somente ano que vem. Mas os números também são péssimos. Estima-se que ele termine o fim de semana de Natal em sexto lugar com menos de sete milhões de bilheteria.
Além disso, ele vem enfrentando problemas por causa de declarações sobre a conduta de Harvey Weinstein, ao tentar boicotar uma matéria do jornal The New York Times, de 2004, sobre casos de agressão e assédio sexuais envolvendo o magnata da indústria. Matt nega ter tentado enterrar a história e diz que não tinha ideia das denúncias contra Weinstein, que ajudou a transformá-lo em astro. Outro problema seria a entrevista que deu à ABC News onde dizia que havia um “espectro de conduta” e uma “diferença entre passar a mão na bunda de alguém e um estupro ou abuso infantil”.
Isso fez com que fosse criada na internet um abaixo-assinado para tirá-lo do filme Oito Mulheres e um Segredo, com um elenco protagonizado somente por mulheres, onde ele retornaria como Linus, seu papel na trilogia Onze Homens e um Segredo. O argumento seria que “a inclusão de Damon tornaria trivial a natureza séria das acusações contra abusadores sexuais como Weinstein” e “seria uma falta de respeito imensa” às mulheres que têm a coragem de denunciar.
Mas na verdade, o mais triste para Matt em 2017 foi a perda de seu pai, Kent Damon, de câncer no último dia 14, e só divulgado (23). Na verdade, em face disso, tudo fica parecendo tão pequeno.