Correndo Atrás de um Pai estreou no Estados Unidos na época do Natal, juntamente com mais outros dois, que falava sobre relações entre pais e filhos, Perfeita é a Mãe 2 e Pai em Dose Dupla 2, que eu gosto bastante. Talvez por causa da overdose do tema, quem saiu perdendo acabou sendo Correndo…, que estreia por aqui essa semana nos cinemas. Talvez devido à passagem do tempo, que acaba deixando a lembrança dos outros mais distante, Correndo Atrás de um Pai faz até você dar algumas risadas. É mais ou menos o que a gente costuma chamar de um bom filme de Sessão da Tarde. Ou seja, para passar o tempo sem compromisso.
Tudo começa quando dois irmãos gêmeos, vividos por Ed Helms e Owen Wilson – boa piada! -, que nunca se deram bem descobrem no dia do casamento da mãe, que o pai deles não morreu como eles imaginavam. Isso acaba criando um reviravolta na cabeça do irmão sério, Peter (Helms), que é totalmente infeliz. Ele resolve ir então sair em busca daquele que a mãe julga que pode ser o pai (“eram os anos 70…”), quando o irmão milionário e de bem com a vida, Kyle (Wilson), resolve acompanhá-lo. Começa aí a busca deles pelo pai, o que inclui várias possibilidades, e obviamente confusões que no final vão acabar dando maior intimidade aos irmãos.
É bem provável que um dos problemas do fracasso do filme nos Estados Unidos também seja o fato que quando você vê um filme estrelado por Ed Helms e Owen Wilson, já pensa em uma comédia escrachada, cheia de baixarias. Correndo Atrás de um Pai tem algumas, mas no geral fala sobre relacionamento, preocupações com o futuro (e com o passado) e escolhas de vida. Ou seja, é divertido, mas talvez não da forma como você esperaria.
Apesar das participações pequenas, Glenn Close (muito linda aos 70) e J.K. Simmons sempre valem o ingresso. E o filme ainda tem participações divertidas de Retta (da série Parks and Recreation), como a fotógrafa e Ving Rhames, como um jogador de futebol. E ainda tem Christopher Walken, mas eu nunca gostei muito dele, então menos agora que está parecendo um tia velhinha. Rs. Sim, é politicamente incorreto, mas é verdade!