Há filmes de terror de todos os tipos: os nojentos, os sádicos, os que assustam muito e os que assustam muito pouco. Normalmente não tem astros de primeira linha, e sua produção é visualmente barata. Afinal, é possível dar bons sustos e conquistar o público com sustos que não requerem grande investimento em efeitos especiais. A Maldição da Casa Winchester, que estreia amanhã nos cinemas, sai um pouco dessa descrição. Primeiro porque é estrelado por uma atriz reconhecida por todos, Helen Mirren. Em segundo lugar, a produção de época é bem feita, e a casa, principal personagem da história, deve ter dado um bom trabalho para produzir.
O filme é baseado num caso real, coisa que os produtores de filmes de terror adoram ressaltar para assim dar mais medo a quem os assiste. Mas, nesse caso, a casa realmente existe. Foi construída pela herdeira da fortuna dos Rifles Winchester (nada a ver com Sam e Dean de Supernatural. Rs.), Sarah, uma viúva, que insiste em continuar construindo continuamente a casa., que para quem vê de fora, é um monumento à loucura de uma mulher. Com isso, os investidores da empresa da família querem afastá-la dos negócios. E para atestar a incapacidade de Sarah, chamam um médico desolado com a vida, o Dr. Eric Price. Ele chega lá determinado a resolver logo a situação, e ir embora. Mas durante sua estadia, ele começa a perceber que há algumas coisas muito estranhas acontecendo na casa, e Sarah pode não ser assim tão maluca…
Talvez o grande problema do filme é que o trailer e os materiais de divulgação o venderam como um terror na linha de Sobrenatural ou Invocação do Mal. E ele não é. É claro que tem uma ou outra cena que provoca alguns sustos – pode ter mais para adolescentes que não viram mais de uma centena de filmes do gênero (rs) – mas em geral, ele pode ser visto mais como um suspense sobrenatural do que como terror. Em alguns casos, ele realmente chega a ser lento demais e dar sono.
É uma pena porque a premissa da história é boa, os atores são bons – além de Helen, também estão no elenco Jason Clarke e Sarah Snook – e a produção também. O problema foi que na verdade esqueceram de encontrar um roteiro melhor, que segurasse mais a atenção do espectador .