Eu me lembro bem quando foi ao ar o primeiro episódio de Scandal. Na época achei super interessante a premissa de uma mulher extremamente bem sucedida que “resolvia problemas” no meio do primeiro escalão de Washington. E ainda era linda, elegante e tinha um caso com o presidente gato dos Estados Unidos. Outro fato de destaque é que essa mulher era negra, num papel que transformou Kerry Washington em estrela. Era a primeira vez na história da TV que uma série do chamado horário nobre tinha uma mulher negra como protagonista desde que Diahann Carrol havia feito a enfermeira Julia nos anos 60.
Agora, finalmente, depois da série ter sido tão “maltratada” pela programação do canal Sony, chega hoje (7) e última temporada da série na TV. Ela já acabou faz tempo nos Estados Unidos, mas vai estrear na Sony a partir das 23 horas. E, para quem perdeu algum episódio – a sexta temporada acabou sendo exibida em maratona ontem (rs), todas as seis anteriores já estão disponíveis na Netflix.
Scandal teve muitos altos e baixos. Confesso que todo a história do B613 sempre me incomodou um pouco. Sempre me pareceu que a criadora Shonda Rhimes se perdeu um pouco no meio dessa história – e por consequência perdeu boa parte do público também. Mas quando Olivia Pope se propunha a resolver um caso comum, não tinha pra ninguém. Além disso, o seu relacionamento com seus gladiadores, como chamavam aqueles que trabalhavam com ela, não tinha pra ninguém. Isso sem contar , é claro, o romance entre Olivia e o presidente Fitz (Tony Goldwyn), sempre cheio de idas e vindas, mas sempre sexy e apaixonado. Eu adorava!
A série também deu oportunidades para que o público conhecesse, ou prestasse mais atenção, em alguns atores incríveis. Bellamy Young arrasou como Mellie, que era para ser somente uma coadjuvante sem importância, com a esposa traída de Fitz, mas cresceu muito, e acabou como a nova presidente dos Estados Unidos (rs). Jeff Perry (Cyrus) e Joe Morton (Papa Pope) tiveram cenas maravilhosas, de realmente assistir de joelhos. Isso sem contar as participações sempre sensacionais de Kate Burton como Sally Langston.
A sétima temporada tem 18 episódios e mesmo com todos os percalços e o problema com a linha de roteiro do B613, ela deu um final digno à série. Teve o episódio crossover com How to Get Away with Murder, teve bebê, morte inesperada, e um final esperançoso. Por isso que eu gosto de finais previstos, ou seja, quando se sabe de antemão que a série vai terminar. Tudo termina redondinho. Afinal, como disse Shonda Rhimes, “nós finalizamos a evolução da personagem Olivia Pope. A história foi completada. Nós os pusemos em posições praticamente impossíveis, e agora você vai descobrir o que acontece, como é tudo resolvido, e para onde irão esses personagens.”
Foi um prazer conhecer você, Olivia Pope!