O cinema brasileiro não tem grande tradição de comédias românticas, que é um gênero bem diferente da comédia escrachada, que tem reinado nas bilheterias nos tempos recentes. Lembro-me recentemente da engraçadinha Uma Loucura de Mulher com Mariana Ximenes, e agora chegou hoje aos cinemas, Alguém como Eu, com Paolla Oliveira e Ricardo Pereira.
No filme, Paolla é uma profissional bem-sucedida chamada Helena, que está infeliz com a vida que leva no Rio de Janeiro. Resolve então aceitar uma oferta de emprego e se mudar para Lisboa, com objetivo de “se encontrar” na nova terra. Logo que chega, um engano faz com que ela conheça Alex , um advogado português lindo. Os dois logo se apaixonam, e começam a viver juntos. Mas o dia a dia começa a incomodar Helena, que num determinado momento pede a Deus que Alex seja um pouco mais como ela. E, como eu sempre digo, a gente tem que tomar muito cuidado com aquilo que deseja, pois no caso de Helena, de vez em quando, ela começa a ver Alex num corpo de mulher (Sara Prata). É claro que isso cria várias confusões e um grande problema para o relacionamento.
É claro que assim como o gênero, Alguém como Eu não vai agradar todo mundo. Também não é cinematograficamente nada de especial. Mas para quem gosta de romance na vida, como eu, é uma opção gostosinha, para assistir sem compromisso. Tem uma bela sequência com a cantora de fado Mariza, e ainda mostra maravilhosos locais de Lisboa, onde se passa a maior parte da ação, o que já garante o interesse. Isso porque o filme é uma co-produção Brasil/Portugal, e inclusive já foi lançado por lá antes de chegar ao Brasil.
Mas na verdade creio que o grande chamariz do filme é a química entre Paolla e Ricardo, que também é onde essa história se sustenta. O jogo de sedução entre ambos é incrível desde o primeiro encontro de Alex e Helena. Talvez se o filme mantivesse o foco no romance dos dois e deixasse a historinha meio manjada de troca de corpos, o resultado final seria melhor. Preste atenção em duas cenas entre os dois: quando Alex tenta convencer Helena sobre o fim de semana enquanto os dois estão na cama, e principalmente, no momento em que os dois se encontram no veterinário. Adoro esse tipo de cena em que o olhar diz uma coisa e o diálogo diz outra.
Eu tive a oportunidade de conversar com esses dois lindos de doer sobre o filme. Eles foram simpáticos e muito divertidos. Eu ri muito, dê só uma olhadinha: