O primeiro filme do Homem-Formiga, de 2015, , não foi um enorme sucesso. Aliás, entre todos os filmes da Marvel, ele só foi melhor do que o primeiro Thor e Capitão America: O Primeiro Vingador nas bilheterias mundiais. Mas eu gosto bastante do filme. Assim como o filme do Homem-Aranha, o primeiro Homem – Formiga não pretende salvar o mundo como Homem de Ferro, Thor e Capitão América. Eles são mais simples, mais próximos do dia a dia, por mais que um homem com o tamanho de uma formiga seja bem distante disso. Agora, depois de ficar ausente da Guerra Infinita (a explicação está no filme), o Vingador atrapalhado está de volta em Homem-Formiga e a Vespa, que estreia essa semana nos cinemas.
A ação do filme se passa logo após os acontecimentos de Capitão América: Guerra Civil. A ida de Scott Lang para a Alemanha para ajudar o Capitão não passou em branco. Ele acabou sendo preso, e está em casa com uma tornozeleira eletrônica desde então. Só que um acontecimento acaba fazendo com que ele novamente entre em contato com Hank Pym (Michael Douglas) e sua filha Hope (Evangeline Lily). com uma nova missão urgente. Com isso, Scott deverá mais uma vez vestir o uniforme e aprender a lutar ao lado da Vespa, trabalhando em conjunto para descobrir segredos do passado, e tentar trazer de volta a mãe de Hope, Janet (Michelle Pfeiffer). Só que no caminho deles, além da polícia, estão Ghost ( Hannah John-Kamen) e Sonny Burch (Walton Goggins).
Como se pode ver pelo trailer, o tom do filme é o humor, uma bem-vinda mudança depois de tudo o que aconteceu em Vingadores: Guerra Infinita. O roteiro não dá descanso e alterna ótimas cenas de ação (a da cozinha com a Vespa é a melhor) com momentos extremamente divertidos . Paul Rudd é um dos roteiristas, e tem ótimos momentos, extremamente engraçados (está totalmente charmoso). Seu timing de comédia é perfeito. Preste atenção na cena que ele “incorpora” Michelle Pfeiffer. Tem até uma piadinha em um dos diálogos entre os dois, já que eles fizeram o par romântico no filme Nunca é Tarde para Amar, de 2007 (adoro esse filme).
Outro ponto alto da comédia do filme é o personagem de Michael Peña, Luiz, sempre atrapalhado, e falando demais. Novamente, ele tem aqui seu melhor momento da carreira (a outra foi no primeiro Homem-Formiga). Geralmente, o ator faz tudo igual, mas como Luiz , ele é sempre ótimo. Michael Douglas é sempre ótimo, e Michelle, apesar de aparecer pouco, é uma presença luminosa, mesmo com essa peruca de velhinha que arrumaram para ela.
Home-Formiga e a Vespa tem alguns desperdícios, como Bobby Cannavale e Judy Greer, que não tem muito o que fazer. O certo é que na verdade, o filme é muito sobre a relação de pais e filhas. É o caso de Ava/ Ghost e Bill Foster (Laurence Fishburne), de Scott e a filha pequena, e, é claro, de Hank e Hope. E que delícia ver Evangeline Lily arrasar como a primeira mulher do Universo Marvel a ter seu nome no título do filme. Ela arrasa no drama e na ação. Achei o máximo!
E já que é um filme da Marvel, é claro que tem cena pós-créditos. A primeira, importante, que coloca o filme na mesma linha do tempo de Guerra Infinita, é logo no início. A segunda, lá no final de tudo, é só uma piada engraçadinha.