A gente já viu essa mesma história um milhão de vezes em filmes e séries de Hollywood. Um assassinato acontece numa cidade pequena, e um tira da cidade grande é chamado para resolver o assunto juntamente com a força policial local. Mas realmente no cinema brasileiro isso é novidade. E devo admitir que Uma Quase Dupla, que estreia essa semana nos cinemas, quase me conquistou, a não ser um pequeno problema. Eu falo sobre isso mais para frente.
Em Uma Quase Dupla, Tatá é uma policial da cidade grande, Keyla, que vai para uma cidade pequena ajudar na investigação de um crime. Na verdade, uma série de crimes já que um serial killer está atuando por lá , para desespero do chefe de polícia local. E ela faz uma (quase) dupla com um ainda inexperiente policial local, Cláudio, interpretado por Cauã Reymond, que, apesar de inteligente e perspicaz, é muito devagar para o seu pique.
Se você deixar de lado o fato que já viu essa mesma história um milhão de vezes, é fácil embarcar nessa historinha, que tem uns bons momentos divertidos. Afinal, é tão difícil um filme que misture policial e comédia no universo do cinema brasileiro, que é legal dar uma chance. Também tem uma atuação divertida e corajosa de Cauã Reymond como o fofo policial do interior. Mesmo não sendo comediante, ele dá conta do recado e se sai bem.
O problema
Aí vem o problema. Sei que ela tem muitos fãs. Mas Tatá Werneck, que também ajudou no roteiro, é sempre tão exagerada, que , na minha opinião, deixa de ser naturalmente engraçada. Só fica forçada. E, além do mais, eu geralmente não consigo entender metade do que ela fala, por causa de sua péssima dicção. Para mim, ela é o problema do filme. Talvez alguém como Monica Iozzi poderia deixar o filme mais eficiente.