Marco Pigossi é uma figura conhecida das novelas da Globo. Bonito e bom ator, esteve recentemente nas notícias por optar deixar a Globo para estrelar duas séries da Netflix (ainda inéditas). Mas antes de tudo isso, ele havia feito sua estreia no cinema em O Nome da Morte, que estreou hoje nos cinemas. Ao seu lado no filme está Fabiula Nascimento, que está fazendo grande sucesso na novela das nove. A química de ambos é um dos grandes destaques da história.
Baseado no livro do mesmo nome do jornalista Klester Cavalcanti, O Nome da Morte é uma história real do pistoleiro Julio Santana, que confessou ter matado 492 pessoas até o período das entrevistas para o livro. O filme começa mostrando Julio como um jovem que vive com a família no interior do Brasil . Um belo dia, aceita ir com o tio Cícero (André Mattos) para a cidade grande, com a promessa de entrar para a polícia. Só que as coisas não são bem assim. O tio quer que ele se torne um assassino de aluguel, trabalhando junto com ele. Logo a história começa a mostrar como ele seguiu nessa “carreira” durante 20 anos, inclusive escondendo por um bom tempo a verdade de sua mulher, Maria (Fabíula), vivendo uma vida paralela de bom pai e marido, e de pistoleiro.
A direção é de Henrique Goldman (do filme de Jean Charles), que consegue contar a história de maneira envolvente e impactante. Há cenas fortes de violência (especialmente a do assassinato da personagem de Martha Novill), contrabalanceadas com a fotografia belíssima da região do Jaboatão dos Guararapes. O roteiro não defende nem acusa Julio Santana. Ao mesmo tempo em que mostra como um assassino implacável, também deixa clara a sua dificuldade em prosseguir a cada etapa da vida. Isso traz um diferencial interessante e emocionante ao filme. Essa dualidade é um triunfo da atuação de Marco Pigossi.
Eu tive a oportunidade de conversar com ele e com Fabiula sobre o filme, e como foram as filmagens. Foi muito bom. Veja abaixo: