Mark Wahlberg e o diretor Peter Berg são os melhores amigos. Como ator/produtor (Mark) e diretor (Peter) já fizeram vários filmes juntos, O Grande Herói (2013), Horizonte Profundo: Desastre no Golfo (2016), O Dia do Atentado (2016), com diferentes resultados tanto de bilheteria como de crítica. O Grande Herói foi o mais bem sucedido em ambas as frentes(154 milhões de bilheteria no mundo) enquanto O Dia do Atentado, que é o meu preferido, foi um fracasso (50 milhões no mundo). Agora, eles se reúnem de novo com 22 milhas, que estreia esta semana nos cinemas. Esse também não foi muito bem – fez somente 54 milhões no mundo até agora.
Um grupo de inteligência de elite dos Estados Unidos está em ação na Ásia (mas as filmagens foram feitas na Colômbia). Sob as ordens de um comando tático super secreto, eles tem que retirar do país um oficial de polícia local que tem uma importante informação, que poderá salvar milhares de vidas. Só que o grupo terá que lutar praticamente contra o país inteiro para atingir seu objetivo.
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Isso obviamente inclui muitas explosões de bombas, mais tiros ainda, além de lutas absurdas. Uma inclusive, quando o policial (feito pelo lutador de artes marciais Iko Uwais) é atacado numa enfermaria, é extremamente bem feita e coreografada, ainda que violenta demais. Aliás, a violência explode (literalmente) a todos os momentos. Depois de um bom início, o filme dá uma caída, mas a partir do momento em que o grupo começa a sua jornada rumo ao avião que levará o policial, a ação é constante. Alguns movimentos de câmera deixam o espectador até meio tonto.
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O conceito, de enfrentar toda a violência ao levar alguém a um lugar por um curto mas perigosíssimo percurso, já havia sido abordado outras vezes no cinema, mais recentemente em 16 Quadras, com Bruce Willis. Aqui, o filme tem altos e baixos, mas mantém uma certa tensão contínua. O irritante acaba sendo Mark Wahlberg, que para marcar bem o fato que seu personagem tem um problema psicológico, não para de falar – e principalmente gritar – todo o tempo. Chega a ser insuportável.
Por outro lado, a sempre ótima Lauren Cohan, leva sua Maggie de The Walking Dead a uma categoria 3.0 em termos de heroína de ação, como a parceira de Mark. Ela, além de enfrentar a violência, tem um problema a mais. O ex-marido (feito pelo diretor Peter Berg, e visto num vídeo no início) está dificultando que ela fale com a filha pequena, o que a deixa ainda mais enraivecida. A atriz é perfeita tanto no drama quanto na ação.
O filme ainda tem no elenco John Malkovich (de peruca e “com o freio de mão puxado”. Rs), e a lutadora Ronda Rousey. O final dá a ideia de uma continuação, já que o plano inicial seria o de fazer uma trilogia. Mas pelos resultados iniciais de bilheteria, isso parece pouco provável. De qualquer maneira, a amizade entre Mark Wahlberg e Peter Berg segue sem problemas. Os dois estarão juntos novamente em Wonderland, uma produção de crime e mistério que já está em pré-produção.
Fotos de divulgação