Quando eu assistia aos desenhos da Liga da Justiça quando era menina, a parte que sempre achava mais chata era aquela em que Aquaman aparecia. Nunca tinha muita ação, e o herói ainda parecia muito sem sal. Por isso, fiquei muito surpresa quando vi que haviam chamado Jason Momoa para viver o papel no cinema. Ele já havia me impressionado muito positivamente em Liga da Justiça – era a melhor coisa do filme. E estava muito curiosa para saber se ele conseguiria carregar um filme solo no cinema. Depois de ver Aquaman, que estreia nessa quinta nos cinemas, posso dizer que Jason Momoa faz de Aquaman o melhor e mais simpático super-herói do universo da DC Comics – além de também ser o mais sexy, é claro.
A História
O filme é uma história de origem. Começa contando como a mãe dele (Nicole Kidman), uma rainha de Atlantis, fugiu de um casamento arranjado, e se apaixonou pelo administrador de um farol (Temuera Morrison, de filmes de Star Wars e…Lanterna Verde). Juntos, eles tiveram um filho, Arthur. Mas ela teve que voltar para Atlantis para evitar que Arthur e o pai fossem mortos. A partir daí, Arthur cresce sendo treinado por Vulko (Willem Dafoe). Já adulto (e tendo virado Jason Momoa) , ele terá que voltar para o reino submarino para enfrentar seu meio-irmão (Patrick Wilson), que planeja destruir o mundo dos homens. Afinal, eles tem acabado com a vida dos oceanos. Também fazem parte da história, Mera (Amber Heard), que quer ajudar Arthur, e Manta ( Yahva Abdul-Mateen II), um pirata disposto a tudo para destruí-lo.
A Produção
Surpreendentemente, há somente uma referência aos eventos que aconteceram no filme da Liga da Justiça. Fora isso, nem uma participação, nem uma conexão. Talvez seja uma coisa boa. Não só porque mantém todos focados na história de Arthur, como também afasta o fantasma das críticas dos demais filmes do universo DC recente (com exceção de Mulher Maravilha). Eu sinceramente até acho que alguns poucos minutos das 2 horas e 23 totais de Aquaman poderiam ter sido cortados. Especialmente um pouco da história de Atlantis. Mas estaria mentindo se dissesse que o filme é longo demais.
O diretor James Wan é conhecido por seus filmes de terror, Sobrenatural e Invocação do Mal, mas também foi o responsável pelo melhor filme da franquia Velozes e Furiosos. Aqui, ele consegue dar ao público um filme divertido, que demonstra ter várias influências. Como o próprio diretor já disse, até Caçadores da Arca Perdida e Tudo por uma Esmeralda (ele é dos meus!). Colorido (muito!), com várias cenas de ação – a da perseguição na Sicília é ótima -, e até algumas inovações. Fiquei muito curiosa para ver como ele conseguiu fazer o efeito dos cabelo nas cenas de Atlantis.
O Elenco
A história, que tem alguns tons ecológicos, nem importa muito. O importante é seguir Arthur em busca de seu caminho, que inclui até o dito momento Indiana Jones, para encontrar o tridente que lhe dará poder (não deixe de reparar na voz do monstro que guarda o tridente – é de Julie Andrews). E Jason Momoa se mostra perfeito no papel. Divertido, irônico, algumas vezes politicamente incorreto, sem aquela marca sombria de Batman e Superman- e mesmo de Mulher Maravilha. Você ri com ele, e ainda fica completamente fascinada por seu charme bruto. Ele vale o filme.
Já Amber Heard é uma mocinha bem atuante – li em algum lugar que é A pequena Sereia sob efeito de asteroides(rs). Pena que a atriz tenha uma atuação pouco marcante. Mas legal mesmo é a cena de luta de Nicole Kidman. Quem diria que a gente veria a atriz numa situação como essa? Especialmente com todo o efeito especial de rejuvenescimento em seu rosto. Rs.
No final, Aquaman é aquele tipo de filme que a gente espera da DC há um bom tempo. Não é perfeito, claro. mas diverte pra caramba!! Ah, e tem cena no meio dos créditos, tá?