Todo mundo esperava que o Globo de Ouro de atriz de filme de drama fosse para Lady Gaga (Nasce uma Estrela). Mas, depois de ver A Esposa, que estreia essa semana nos cinemas, torcia muito por Glenn Close. Não que Gaga não esteja bem, mas Glenn está simplesmente estupenda. Vê-la ficar tão surpresa – mais especificamente, chocada, como se pode ver na foto abaixo – ao ganhar, me emocionou. Seu discurso ainda mais. Espero vê-la ganhar também um Oscar. Ela já concorreu seis vezes e nunca ganhou. Quem sabe com esta grande atuação neste grande papel, a história poderá mudar? Cruzando os dedos…
A história
No filme, Glenn é Joan, uma mulher que abriu mão do seu talento e de suas ambições para apoiar o marido escritor Joe (Jonathan Pryce), com quem está casada há 40 anos. Quando ele ganha o Prêmio Nobel de Literatura, Joan o acompanha a Estocolmo para o grande evento. É quando ela passa a ser procurada por um jornalista (Christian Slater) ávido por escrever uma biografia não-autorizada do escritor. Logo, o público vai perceber que há segredos, ressentimentos e um amor ilimitado nessa história.
A opinião
É claro que Jonathan Pryce também está bem, mas o filme é de Glenn, com seus olhares que dizem tudo. Você fica esperando sua explosão a qualquer momento. Ela é o reflexo daquela época em que as mulheres se anulavam para servir ao seu homem. Quando o filme tem os flashbacks, para saber a origem do problema, o cuidado com figurinos e cenários é sentido. Até a atriz que faz o papel de Joan jovem funciona bem. Ela é feita por Annie Starke, que vem a ser filha de Glenn na vida real.
O filme ainda tem participações eficientes de Elizabeth McGovern e Christian Slater. Já Harry Lloyd (lembra do Viserys Targaryen de Game of Thrones?) e Max Irons (filho de Jeremy Irons, co-astro de Glenn em O Reverso da Fortuna) são fraquinhos e aquém do que seus papéis poderiam render. Eles são o jovem Joe, e o filho adulto do casal, David.
O diretor é o sueco Bjorn Runge, fazendo aqui seu primeiro filme em inglês. A direção nem é tão especial assim, a Estocolmo do filme é , na verdade, Glasgow. Mas quando se tem Glenn, nada disso importa. Repare especialmente na cena do jantar. É para ver de joelhos.