É, a Páscoa já passou, mas o sucesso recente de Noé nos cinemas comprova que os filmes épicos/religiosos funcionam. O caminho para outros filmes do gênero parece promissor. Além de Exodus, estrelado por Christian Bale, previsto ainda para este ano, na última semana foi lançado nos cinemas O Filho de Deus, que narra todo o caminho percorrido por Jesus, desde que conheceu o apóstolo Pedro e começou seu caminho rumo a Jerusalém
Os produtores são os mesmos da minissérie A Bíblia, exibida nos Estados Unidos pelo History Channel e que aqui chegou a ser exibida em TV aberta pela Record. O tom da série e do filme é o mesmo. Extremamente didático, aborda todos os momentos-chave da história de Jesus. Seu nascimento, o momento da multiplicação dos peixes, o milagre do paralítico, o renascimento de Lázaro, a última ceia, a traição de Judas. E é claro todos os momento da Via Crúcis, o calvário e a ressurreição. Tudo é narrado pelo apóstolo João.
Apesar de evitar falar sobre Maria Madalena, a quem se referem somente como Maria, o filme mostra o relacionamento de Jesus com seus seguidores e tem no português Diogo Morgado um protagonista muito bom. Ele tem uma doçura toda especial e também a força de um astro. É impossível tirar os olhos dele na tela. Também é impossível tirar os olhos de Roma Downey (lembram dela daquela série O Toque de um Anjo?), mas por uma razão bem diferente. Completamente deformada por plásticas, ela não convence como Maria, mãe de Jesus. Mas no final, ela é produtora do filme, então pode tudo né?
O Filho de Deus um filme bem diferente de A Paixão de Cristo, de Mel Gibson. Lembra aqueles filmes que assisti na TV quando era menina, O Grandes Heróis da Bíblia. Não chega a ser ruim até porque a história é muito poderosa. Mas, como cinema, deixa a desejar.
Eliane Munhoz