O Gênio e o Louco, que estreia essa semana no cinemas, tem um história de bastidores até mais interessante que a do próprio filme. Mel Gibson comprou os direitos do livro O Cirurgião de Crowthorne em 1999. E durante 17 anos teve que lutar para contar a história da criação da primeira edição do Dicionário Oxford. O problema é que quando a produção começou, Mel brigou com a produtora Voltage Pictures porque não o deixavam filmar em locação na Inglaterra. Ele chegou a deixar o projeto, e levou a produtora a julgamento para impedir que o filme fosse lançado já que não estava finalizado como deveria. Mas não deu certo. O filme saiu e Mel se recusou a promovê-lo.
A História
Os problemas são, infelizmente, visíveis. A história é até interessante. Conta a vida do professor James Murray (Mel), um autodidata. O filme começa a partir do momento em que ele passa a trabalhar na compilação de palavras para a primeira edição do Dicionário de Inglês de Oxford em meados do século 19. Na época, as informações eram escassas e espalhadas. E para conseguir fazer seu trabalho, ele conta com a ajuda de um homem confinado a um hospício.
A Crítica
Até a primeira metade, o filme vai bem. Depois muda completamente o foco, fugindo do compromisso de fazer o dicionário, para contar a história do louco, William Chester Minor, vivido por Sean Penn. É claro que houve um problema na edição. O filme parece picotado, e há momentos em que é difícil seguir a história. Há ainda a inclusão do possível romance com a viúva, feita por Natalie Dormer, que resiste bravamente a fazer seu biquinho de sempre (rs). E ainda preste atenção para ver as participações de Ioan Gruffudd e Jeremy Irvine. São daquele tipo, piscou, perdeu!
É claro que é uma bela produção, e os dois atores, Mel e Sean, são sempre ótimos. Há ainda a piada pronta – incluída no filme – sobre quem é o gênio e quem é o louco na dupla. Conhecendo a história de ambos, isso é até divertido. Também existe um outro agravante. Mesmo com as legendas , é difícil entender certas brincadeiras do roteiro com palavras em inglês, que não são comuns no dia a dia. É uma pena! Fiquei com vontade de gostar do filme, mas os problemas eram muitos…
Fotos de divulgação