Tenho uma relação muito próxima com Godzilla (rs) desde que lancei o primeiro filme americano do monstro lá nos idos anos de 1998. Estive na pré-estreia mundial em Nova York, no Madison Square Garden, uma experiência que nunca mais esqueci. Por isso mesmo, estava muito ansiosa para ver este novo filme, numa época de efeitos especiais muito superiores ao daquele momento. O trailer já me deixava muito entusiasmada. Era bom demais! Dizem que quando a gente espera muito por algo, acaba se decepcionando. E infelizmente foi o que aconteceu.
Godzilla, que estreia nos cinemas este fim de semana, começa bem. Apresenta os personagens, tem momentos de tensão na dose certa e ainda uma cena emocionante entre Juliette Binoche e Bryan Cranston, quando há uma explosão numa usina nuclear no Japão. Depois, alguns anos passam e ficamos conhecendo o filho do casal que cresceu e virou um soldado especializado em desativar bombas. Aí começa o problema. Que ator ruim é esse Aaron Taylor Johnson não? A gente não conseguia perceber tanto em Kick-Ass mas ele não consegue esboçar uma expressão diferente… Coitadinha da Elizabeth Olsen (a melhor do elenco mas que não tem muito o que fazer), que tem cenas com ele.
Para que todos já saibam (e seja mais fácil de entender o filme), o vilão da história não é Godzilla. E sim os MUTOs, inimigos mortais do conhecido monstro, que os responsáveis pelo filme disseram ter se inspirado em vários monstros de King Kong (1933), Jurassic Park, Alien, o Oitavo Passageiro e Tropas Estelares. Pois é, realmente eles ficam parecendo uma salada de tudo isso. Mas tem que se reconhecer que os efeitos são incríveis. Especialmente o propriamente dito Godzilla, que aparece depois de uma hora de filme.
Segundo o diretor Gareth Edwards (que antes deste só havia dirigido um filme para cinema, o independente Monstros), Godzilla é definitivamente uma representação da ira da natureza.” O tema do filme é o homem versus a natureza com ele do lado da natureza. Você não pode ganhar essa briga. Ele é a punição que nós merecemos.”
De qualquer maneira, se você gostou de Círculo de Fogo, vai gostar de Godzilla. É tudo a mesma coisa. Mas para esta fã do monstro, ficou faltando um verdadeiro filme de Godzilla. Quem sabe na sequência, que já parece anunciada pelo final.
Eliane Munhoz
Eduardo Pepe
17 de maio de 2014 às 1:51 pm
Esse Aaron Taylor Johnson até era bom ator (em O Garoto de Liverpool mesmo, ele estar ótimo como John Lennon), mas assim como tem gente que fica inexpressiva com o excesso de plásticas, ele ficou com o excesso de anabolizantes.