A Netflix tem um monte de filmes disponíveis. E muitas vezes você pode ter dificuldade de escolher um bom ou interessante. Eu costumo buscar sempre alguns que não estão entre os mais populares. São aqueles que chamo de tesouros escondidos. Só que os erros podem ser catastróficos. Eu estou assistindo duas séries paralelamente. Chambers, que foi cancelada depois da primeira temporada, e Elite, que vai ganhar a segunda temporada em breve. Para alternar, separei dois filmes para ver na Netflix no fim de semana. E achei os dois péssimos. Então, saiba aqui um pouco mais sobre eles, mas fica o aviso! Evite!
The Reconquest
The Reconquest parte de uma premissa interessante. Quinze atrás, antes de se separarem e quando ainda eram adolescentes, Manuela (Itsaso Arana) e Olmo (Francesco Carril), ainda apaixonados um pelo outro, prometeram se reencontrar. O tempo passa e os dois buscam cumprir a promessa que fizeram. Marcam um reencontro e nessa noite coisas inesperadas acontecem. Repare, até o trailer é chato!
É estranho perceber que The Reconquest participou de vários festivais, inclusive San Sebastian e Mar del Plata. Mas o filme tem um estrutura muito estranha. O começo é com o reencontro. Tudo é extremamente lento, desde as primeiras cenas no restaurante, até a volta de Olmo para casa depois da noite com Manuela. A personagem da namorada, Clara (Aura Garrido) é tão compreensiva que chega a ser ridícula. E de repente, do nada, o filme esquece o reencontro, e a segunda parte é toda concentrada no tempo que os dois eram adolescentes. E novamente, cenas longuíssimas. Foi uma dificuldade para chegar até o fim!
Madame Bovary
A história de Emma Bovary é uma das mais famosas da história dos grandes romances trágicos. Escrita por Gustave Flaubert em 1857, conta o drama de Madame Bovary, que se casa com um médico de uma cidade pequena, mas logo fica enfadada com sua vida. É quando ela se envolve com dois outros homens e ainda contrai dívidas para ter um estilo de vida muito diferente do que poderia suportar. Grandes estrelas, como Jennifer Jones ou Isabelle Huppert viveram esse grande personagem no cinemas. Recentemente, Gemma Arterton estrelou uma deliciosa recriação com o filme Gemma Bovery: A Vida Imita a Arte. Então quando vi que na Netflix tinha uma outra versão, de 2014, Madame Bovary, resolvi assistir.
Que desânimo! O problema já começa com o elenco. Ezra Miller como Léon não dá. É impossível acreditar em sua paixão por Emma. E falando nisso, poderia existir uma atriz mais errada para um papel do que Mia Wasikowska como Emma? Não, com certeza, não! E, com isso, o filme sofre tremendamente. Não é possível crer que alguém tão sem sal inspire todas as paixões, e ainda que agirá da maneira descrita no romance. Com isso, você começa até a dar risada de momentos tão improváveis. Fuja, a não ser que você seja masoquista!
Fotos de divulgação
evelaara
3 de novembro de 2021 às 1:20 am
Ai clbc, que crítica mais rasa e sensacionalista. Acabei de assistir Madame Bovary e achei o filme ótimo! Tanto na interpretação dos atores quanto na representação da época. Cenário, figurino, trilha sonora etc. Certamente esse tipo de filme é só pra quem sente de fato a essência de filmes clássicos, de época e lógico, filmes cults independentes.
Eliane Munhoz
3 de novembro de 2021 às 2:54 pm
Todos tem o direito a uma opinião, evelaara. Eu achei o filme péssimo, e nem por isso falo para você que gostou para clbc. Vamos aprender a conviver com pensamentos diferentes, né?