A primeira coisa que você sente ao começar a assistir Projeto Gemini, que estreia essa semana nos cinemas, é um certo choque. Isso porque a qualidade de imagem é diferente de tudo que você já viu até hoje. Tudo é tão definido que seus olhos custam a se acostumar. Esse é o grande diferencial do filme de Ang Lee, e estrelado por Will Smith em papel duplo. Como um homem de 50 anos e como o seu clone mais jovem, de 22, tudo graças aos efeitos especiais e uma tecnologia que vai deixar você meio tonto com tanta definição na tela do cinema.
A história de Projeto Gemini
No início do filme conhecemos Henry Brogan (Will Smith , 51), um assassino de elite que está querendo se aposentar. Só que, depois de matar um homem num trem, começa a ser perseguido implacavelmente. Mas seu principal adversário é um agente misterioso que aparentemente pode prever todos os seus movimentos. Ele logo descobre que o homem que está tentando matá-lo é uma versão mais jovem, rápida e clonada de si mesmo (Will Smith, 22).
Esse projeto passou por várias mãos em Hollywood há cerca de 20 anos. Houve um tempo que esteve na Disney e nomes como Harrison Ford, Sean Connery e Clint Eastwood estiveram ligados a ele. Mas, segundo rumores, a tecnologia de então não estava à altura do que a história precisava. E a usada pelo diretor Ang Lee é realmente de primeira. A história nem tanto. Com quase duas horas, a história parece “um clone” (rs) de filmes com Liam Neeson ou Nicolas Cage. Não é ruim, mas está longe de estar a altura da tecnologia empregada.
Will Smith e o elenco
A diferença aqui é o carisma de Will Smith. Ele é ótimo aos 50. Nem tanto aos 20, com cara de choro a maior parte do tempo. Com o uso de motion capture, Ang Lee se diferenciou dos filmes da Marvel, por exemplo, que rejuvenesceram atores como Robert Downey Jr e Michael Douglas em computadores. Aqui tudo é mais detalhado, e até um pouco chocante.
O filme ainda tem as participações de Clive Owen (bem envelhecido), Mary Elizabeth Winstead (que estará em Aves de Rapina) e Benedict Wong (como o melhor amigo do herói). Isso, junto com algumas cenas de ação – a melhor é a perseguição de motocicletas – faz com que o filme seja até legal. Mas sem a tecnologia – e sem Will Smith – seria só mais um filminho de ação, daqueles que a gente está acostumada a ver com Mark Wahlberg.
Aviso importante
Mas fica aqui o aviso. Para ter acesso a essa tecnologia, chamada de 3D+, você tem que ver o filme em… 3D. As imagens são projetadas a 60 quadros por segundo, mais que o dobro da taxa tradicional, que é de 24 quadros. Com isso, as imagens ficam bem mais próximas daquilo que o olho humano enxerga. Preste atenção nas cenas filmadas em Budapeste. Dá vontade de ir para lá amanhã (rs). Já as salas que exibem o filme sem os óculos, não lhe darão essa sensação diferenciada. Então, se tem um filme para você pagar um pouco mais para ver em 3d, é , sem dúvida, Projeto Gemini.
Fotos de divulgação