A produtora inglesa Hammer foi responsável por vários filmes de terror, que se tornaram clássicos do gênero, especialmente na década de 60, inclusive o famoso Drácula, com Christopher Lee. Depois de um período de decadência e de ter finalizado suas atividades em 1980, a Hammer retornou em 2007. Recentemente fez um sucesso no gênero que a consagrou, com A Mulher de Preto, com Daniel Radcliffe. E agora, neste fim de semana chega aos cinemas A Marca do Medo, um terror/suspense que honra a tradição da produtora.
O filme conta a história de um grupo liderado por um professor universitário (Jared Harris), que juntamente com dois estudantes, estuda o caso da jovem Jane, aparentemente tomada por um espírito, um poltergeist. Junto está um jovem, Brian (Sam Claflin, de Jogos Vorazes – Em Chamas) responsável por gravar todo o estudo mas que acaba se apaixonando por Jane. Determinados a demonstrar que o que está acontecendo com a garota pode ser explicado pela ciência, o grupo percebe que as coisas de repente começam a fugir do controle.
Gosto muito de filmes de terror que mexem com os sentidos, usando ruídos, sombras e principalmente que brincam com nossas expectativas. Isso era uma característica da antiga Hammer, que está presente aqui. O fato que o filme é baseado em fatos reais (no final eles mostram as fotos das pessoas), torna tudo ainda mais assustador. Ambientado nos anos 70 na fria e nebulosa Londres, na Universidade de Oxford e numa mansão abandonada, o filme tem ainda uma bela reconstituição de época.
Jared Harris é sempre uma figura que me assusta mesmo em personagens como David Robert Jones em Fringe ou o Professor Moriarty de Sherlock Holmes – O Jogo das Sombras. Aqui não é diferente. Já Sam Claflin, que marcou em Jogos Vorazes, tem uma interessante presença. Vale conhecer.
Eliane Munhoz