Há algum tempo, a Netflix comprou o passe de Shonda Rhimes a peso de ouro. Ela tem várias séries de sucesso no currículo, e especialmente Grey’s Anatomy. Mesmo depois de 17 temporadas, ela continua relevante, e se reinventando a todo o momento. Mas, Shonda deixou claro que sua ideia era fazer algo muito diferente na Netflix. Ela já havia tentado fazer uma história de época com Still Star-Crossed em 2017, mas não deu certo. Agora, com a nova série Bridgerton,que estreia dia 25 na Netflix, ela acerta na mosca de novo!
A história
Bridgerton é baseada nos livros de época de Julia Quinn, sobre uma família que vive em Londres na época vitoriana. A primeira temporada de oito episódios se baseia no primeiro livro de um total de oito, O Duque e Eu. Mostra o dia a dia da sociedade britânica, e especialmente a história de Daphne, a filha mais velha dos Bridgerton. Daphne está sendo apresentada à sociedade numa época em que as mulheres só podiam almejar um bom casamento. Só que as coisas acabam se complicando para ela, que propõe um acordo a Simon, o duque de Hastings. Ele é o solteiro mais cobiçado da temporada, mas não quer saber de nada disso. Os dois resolvem então entrar num acordo:fingem estar juntos para obter aquilo que desejam.
Desde o início, é óbvio que eles vão se apaixonar, né? E a série conta essa história de uma forma deliciosa , cheia de dramas e momentos divertidos. Especialmente porque também há na história uma Gossip Girl. Todas a histórias envolvendo essa gente importante é alvo das fofocas de uma misteriosa e popular Lady Whistledown. Ninguém conhece sua identidade, e todos querem descobrir quem ela é. A fofoqueira é ainda uma espécie de fio condutor da história. Numa escolha de mestre, tem a voz de Julie Andrews. Só no último episódio o público saberá quem ela é. Eu acertei na minha suspeita!
A crítica
No final, Bridgerton é um misto da já mencionada Gossip Girl, com Downton Abbey e Orgulho e Preconceito. E ainda tem um certo toque de histórias de princesas da Disney. Mas não se engane, a série tem algumas cenas bem sensuais – e quentes! É preciso ressaltar a química incrível entre os atores principais: Phoebe Dynevor (de Younger) e Regé-Jean Page. Eu confesso que ele não tinha me chamado atenção em outra série de Shonda, For the People. Mas aqui como Simon, ele está bem inesquecível, rsrs.
O interessante da série é que ao mesmo tempo em que segue parâmetros já conhecidos de histórias do gênero também os corrompe. É totalmente inclusiva, com atores negros fazendo papéis de nobres, e sua cor seja praticamente ignorada. Eles também são nobres, mesmo que isso fosse impossível na realidade da época. É uma surpresa deliciosa, exatamente como o mundo deveria ser desde então, e nos dias de hoje.
Não li os livros, então não sei o quanto a versão da série é fiel ao original. Mas me deu muita vontade de ler. Afinal, esses personagens e as histórias envolvem a gente de maneira contundente. E eu estou morrendo de vontade de ouvir mais das fofocas de Lady Whistledown!
María Inez
22 de dezembro de 2020 às 6:24 pm
Contando as horas para o dia de Natal, vai ser um presentão!! Li todos os livros, que são repetitivos, mas vamos conhecendo e amando cada personagem…