Ainda são poucas as atrizes que conseguem protagonizar um filme de ação. Ou como dizem nos Estados Unidos kick-butt (chutam traseiros). Angelina Jolie é uma delas, e muito se falou que ela teria sido a primeira opção para protagonizar Lucy, que estreou este fim de semana nos cinemas. O diretor Luc Besson falou recentemente numa entrevista que isso não era verdade, que ele falou com várias atrizes, mas que depois que viu Scarlett Johansson soube que ela era a pessoa certa para o papel. E assim foi, depois de fazer a Viúva Negra nos filmes da Marvel(Os Vingadores, Capitão America 2), Scarlet kicks butts com vigor no filme.
Após cair numa cilada, depois de uma noite de bebedeira, Lucy acaba se transformando numa “mula” , que vai ter que carregar dentro de seu corpo um saco de uma poderosíssima droga. Só que por acidente, a situação se reverte, e Lucy, agora transformada em uma super-mulher, resolve ir atrás dos seus raptores e ainda das outras pessoas, que como ela entraram nessa roubada, para evitar a disseminação da droga. Para ajudá-la, em sua busca que vai da Ásia para a Europa, ela conta com um especialista no poder do cérebro (Morgan Freeman) e um policial francês (Amr Waked).
O diretor Luc Besson é ótimo. Eu particularmente o admiro desde a época de Nikita – Criada para Matar(1990), O Profissional(1994) e principalmente O Quinto Elemento (1997). Em todos eles é claro o seu empenho em criar filmes sobre mulheres e como elas podem se virar contra tudo e todos. Aqui não é diferente. Com sua linguagem toda especial, Besson cria um universo de quadrinhos, com Scarlet como uma super heroína numa luta para salvar o mundo dos vilões. Ele consegue fazer isso com ótimas cenas de ação em um filme que diverte e principalmente sabe brincar com o mundo da ficção científica (a parte da ciência é totalmente absurda). Mas o mais divertido é que é claro que ninguém se leva a sério (ao contrário do recente Transcendence, com Johnny Depp, que seguia um caminho parecido).
O filme rendeu mais de 100 milhões de bilheteria nos Estados Unidos. Além do claro apelo de muita ação, vale a pena ver Lucy também por causa de Scarlett Johansson. Nunca fui grande fã da atriz mas ela vem me conquistando aos poucos. Para os meninos, que sempre a adoraram por razões óbvias, o filme é um prato cheio. E vai fazer com que muita gente fique ainda mais curiosa para vê-la novamente em ação em Os Vingadores 2: A Vingança de Ultron no ano que vem.
Eliane Munhoz
Liliane Coelho
31 de agosto de 2014 às 9:11 pm
Parece diversão de qualidade! Mas, Eliane, você já viu Amores Inversos? É um filme independente norte-americano que estreou essa semana. É uma daquelas fitas aparentemente despretensiosas, mas cheias de delicadeza e humanidade. Mas minha maior surpresa é ver Kristen Wiig muito bem num papel dramático e diferente de tudo que ela já fez.
Eliane
1 de setembro de 2014 às 5:19 pm
Não consegui assistir, Liliane. Mas acabei de postar a análise de Edu Fernandes, que me deixou bem curiosa para assistir. Com seu comentário, vai para o topo da lista para ver no cinema!
Liliane Coelho
1 de setembro de 2014 às 6:18 pm
Vale mesmo a pena. Tem um ritmo um tanto lento que pode afastar os menos pacientes, mas o roteiro toma rumos bonitos e surpreendentes e o elenco é ótimo.