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Cinema

Feliz aniversário, Jacqueline Bisset!

Semana passada, postei aqui uma matéria sobre Jacqueline Bisset e a entrevista que ela deu para Edu Fernandes sobre um de seus últimos filme, Bem-vindo a Nova York. Uma atriz de grande beleza, talvez uma das belas do cinema, Jacqueline está completando hoje 70 anos. Não parece! Continua linda, boa atriz e mais ativa do que nunca. Recentemente (2013) foi premiada com o Globo de Ouro como melhor atriz coadjuvante por Dancing on the Edge, uma minissérie inglesa. Parecia extremamente chocada que seu talento estava sendo reconhecido naquela altura. Mas não nada mais do que justo. Ela trabalhou com os melhores diretores da história, George Cukor, John Huston, Polanski e, é claro, François Truffaut  e teve uma carreira de grandes filmes.

O interessante de sua carreira é que seu primeiro grande sucesso só aconteceu por causa de Mia Farrow. Ela tinha acabado de se separar de Frank Sinatra e foi fazer O Bebê de Rosemary. Com isso Frank ficou na mão não só na vida pessoal como também com o filme Crime sem Perdão (1968). É aí que Jacqueline entrou na história e virou um rosto conhecido do cinema. Isso acabou levando a seu primeiro grande sucesso, Bullitt, um dos filmes mais populares de Steve McQueen, dirigido por Peter Yates.

Sempre fui fã de Jacqueline. Sua presença em filmes dos mais diversos estilos traziam uma classe, algo especial provocado por sua beleza e talento. Numa carreira de quase 50 anos, é difícil separar os melhores momentos. Por isso, escolhi aqueles que mais me marcaram. Alguns são clássicos, outros estão até esquecidos dentro de sua filmografia, mas ela continua maravilhosa em todos eles!

Aeroporto (1970)

O elenco estava cheio de grandes astros da época, mas como a aeromoça que se descobre grávida do capitão casado no meio de toda a confusão de um avião caindo, Jacqueline conseguiu marcar o público. Este foi o primeiro filme da série Aeroporto, que depois teve mais três (em 1975, 1977 e 1980) e também lançou a linha dos filmes de desastre com enorme sucesso. O papel da aeromoça Gwen entretanto havia sido oferecido primeiramente à cantora Petula Clark, a pedido do então galã Dean Martin (meio passado, é verdade),que o recusou.

A Noite Americana (1973)

Um dos mais belos filmes do grande diretor francês (e um de meus favoritos), François Truffaut. Conta a história de um diretor de cinema que tenta a todo o custo terminar seu filme mesmo enfrentando uma série de problemas pessoais de todos os envolvidos na produção e elenco. Mais uma vez Jacqueline não foi a primeira escolha para o papel de Julie Baker. Jean Seberg o recusou (ela tem que agradecer muito a essa louras!) e Jacqueline acabou conseguindo um dos papéis mais importantes de sua carreira. Acabaram até incluindo uma piadinha no filme. Quando o diretor Ferrand (Truffaut) e o fotógrafo Walter (Walter Ball) estão olhando algumas fotos de Julie, um deles comenta que se lembra dela daquele filme de corrida de carros (uma clara homenagem a Bullitt).

O Fundo do Mar (1977)

Uma das imagens mais lembradas do cinema dos anos 70 é a de Jaqueline Bisset com a camiseta molhada depois de mergulhar em O Fundo do Mar, também dirigido por Peter Yates. E foram várias cenas de mergulho já que ela e Nick Nolte fazem um casal de férias, que enquanto mergulha no Caribe acaba envolvido num jogo perigoso com caçadores de tesouros ao encontrar um navio afundado. Com esse filme, Jacqueline se tornou um símbolo sexual da época. Peter Guber, que era o produtor do filme, disse em seu livro Hit and Run: How Jon Peters and Peter Guber Took Sony for a Ride in Hollywood, de 1996, que “aquela camiseta me fez um homem rico!”

Quem está matando os grandes Chefs? (1978)

Provavelmente ninguém se lembra mais desse filme mas era um de meus favoritos quando criança. Até gostaria de revê-lo hoje para saber se não envelheceu. Como o próprio título já diz alguém está matando os grandes Chefs de cozinha da Europa. E o pior , estão sendo assassinados da mesma maneira que seus pratos de destaque são preparados. Jacqueline faz uma chef inglesa, que tem como par romântico George Segal. É uma comédia de humor negro, mas me lembro que dei muitas risadas…

Ricas e Famosas (1981)

Último filme do grande diretor George Cukor, contava a história de duas amigas, Liz (jacqueline) e Merry (Candice Bergen), cuja amizade começa nos tempos da faculdade. Com o tempo, Liz se torna uma respeitada escritora “séria” enquanto Merry se casa, tem uma filha e escreve romances trash, que são muito bem sucedidos. Este foi um projeto de amor de Jacqueline, que passou dois anos levantando financiamento para o filme. Ela realmente acreditava que o filme lhe daria a oportunidade de representar um “personagem verdadeiro”

Anna Karenina (1985)

Essa foi uma produção feita para a TV, com Jacqueline no papel principal. Vi várias grandes atrizes como Anna Karenina, inclusive a última com Keira Knightley e a mais famosa com Vivien Leigh. Mas para mim, a melhor delas foi Jacqueline. Aqui, os outros lados de seu triângulo amoroso são vividos por Paul Scofield (o marido) e Christopher Reeve (lindo e maravilhoso como o Conde Vronsky). Belo filme! A única consequência triste  é que foi neste filme que Christopher aprendeu a andar a cavalo, segundo sua autobiografia, e se apaixonou por eles. Foi num acidente a cavalo que ele ficou paralisado, o que provocou sua morte anos depois.

Estes são os meus momento inesquecíveis de Jacqueline. Também não se pode esquecer sua participações especiais em diversas séries de TV, como Law & Order Special Victims Unit (episódio Control) e Estética (como James LeBeau). Ela até chegou a dublar um dos personagens do desenho da Nick, Hey Arnold. A carreira de Jacqueline é assim.  Afinal, como ela mesmo diz, “eu tenho uma obsessão por fazer filmes. E não amo simplesmente fazê-los. Eu provavelmente preciso fazer filmes. ”

Não costumo adicionar vídeos feitos por fãs, mas este está tão bonito e delicado, que achei que valia conhecer!!

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