Durante vários anos, Milla Jovovich e seu marido, o diretor Paul W. S. Anderson, tiveram um grande sucesso nas mãos. Era a série de filmes Resident Evil, que teve 6 produções baseadas no videogame da Capcom. Com o fim daquela fase – vão produzir um novo filme, mas com um reboot total – eles foram em busca de um novo videogame pra chamar de seu. Diz a lenda que desde 2012, Paul W. S. Anderson tentava viabilizar um filme de Monster Hunter. Mas só conseguiu agora. O roteiro e a direção são dele, e Milla estrela. Está na cara que pretendem começar tudo de novo, rsrs. Monster Hunter estreia essa semana nos cinemas, após algumas pré-estreias pagas.
A tenente Artemis (Milla) e seus soldados estão no meio do deserto em busca de uma outra equipe que desapareceu sem deixar vestígios. Logo, eles são envolvidos pelo que parece ser uma tempestade, e transportados para um novo mundo. Só que, ao chegar lá, se deparam com um lugar inóspito, com bestas gigantes portadoras de habilidades surreais. E logo tem que lutar com todas as forças pela sobrevivência.
A crítica
O filme é claramente dividido em três partes. No primeira, a aventura e o terror da descoberta (é a melhor delas). A segunda representa a luta pela sobrevivência e a adaptação a uma nova situação. E a terceira descamba para a fantasia, quase uma comédia , com a entrada de Ron Perlman e um gato estranhíssimo. Milla obviamente tem carisma, e domina a cena. Suas interações com Tony Jaa são muito boas, apesar de um tanto repetitivas. Ele é um ator famoso na Ásia no cinema de ação. Também funciona. Mas o apelo do ator na China acabou não funcionando. Isso porque Monster Hunter teve um problema, ao fazer uma piada com chineses, que acabou custando caro. Teve até sua exibição na China interrompida.
Li uma análise de um jogador do game, que elogiava o fato de vários componentes do jogo também estarem presentes no filme. Não poderia analisar sob esse prisma, já que nunca joguei Monster Hunter. Mas o filme tem algumas boas cenas de ação, várias realmente assustadoras. O mais divertido e interessante, entretanto, é ver as “inspirações” de algumas soluções da história. O ninho dos monstros é uma clara alusão a Aliens, inclusive na morte de um dos personagens. Outro tem uma morte a la Jurassic Park. Há também uma torre igualzinha a daquela de O Senhor dos Anéis. E tem até um dragão que fez ponta em Game of Thrones, rsrs.
O filme é de Milla. Ela domina e se diverte. Tony Jaa e Ron Perlman são boas adições. Mas o resto não tem a menor chance. Coitado do Diego Boneta, até demorei em reconhecê-lo. E também tem a atriz brasileira Nanda Costa, que tem um papel do tipo entra muda e sai calada. Só percebi que era ela quando vi seu nome nos créditos. Rsrs. Pisque e você perde sua participação.