Já faz mais de 20 anos que A Bruxa de Blair fez história no cinema. Fez inclusive parte do Guiness Book como o filme de maior retorno de bilheteria da história. Custou cerca de 60 mil e faturou 248 milhões. Teve uma sensacional estratégia de marketing que dava a entender que era uma história real. O filme era sobre um grupo de três jovens cineastas que desaparece ao entrar em uma floresta de Maryland para gravar um documentário sobre uma lenda local. Anos depois, encontram a câmera que usavam. Todo esse tempo depois, chega aos cinemas um filme de terror russo, que parte basicamente do mesmo princípio, A Viúva das Sombras. O problema é que, ao contrário da Bruxa de Blair, esse aqui não assusta.
E do que se trata?
A Viúva das Sombras também usa o princípio de que o filme é baseado em eventos reais. Conta então a história de um grupo de voluntários que entra em uma densa floresta para resgatar um adolescente desaparecido. Nesse mesmo lugar, diversas pessoas sumiram nas últimas três décadas. E o pior, encontraram apenas alguns corpos, todos nus. A equipe vê agora uma mulher nessa situação. Só que então a comunicação com a base fora da mata é interrompida misteriosamente. Eles começam a andar em círculos, e eventos sobrenaturais acontecem. A equipe começa então a acreditar na lenda local que diz existir espíritos sombrios que levam as pessoas.
A distribuidora Paris Filmes já havia trazido outros dois filmes de terror russos para o Brasil. A Noiva e Sereia: Lago dos Mortos. Não vi nenhum dos dois, mas li as críticas dos amigos. Não me arrependi, rs. Os roteiristas Natalya Dubovaya e Ivan Kapitonov, que fizeram Sereia, também são os responsáveis por A Viúva das Sombras. O roteiro é fraquinho, mas o filme até consegue algum clima graças à trilha sonora e à montagem. No final, fica aquela sensação que ele é até razoável, mas poderia ser muuuuitooo melhor.