Li vários livros do estilo soft porn, começando com 5o Tons de Cinza, ou ainda os de Sylvia Day, que viraram mania na segunda metade dos anos 2010. Mas nunca cheguei a ler os da saga After, que contava a história do romance sexy e proibido de Tessa e Hardin. Uma amiga me disse que eram bem quentes, mas isso não era o que mostrava no primeiro filme baseado nos livros. Eu inclusive escrevi a respeito de como ele era inocente aqui. Quando veio a notícia que uma sequência tinha sido aprovada, veio também a confirmação que ele seria mais sexy. Bem, After -Depois da Verdade, que acabou estreando diretamente na Amazon Prime por causa da pandemia é melhor que o primeiro. Mas mesmo assim…
Como ficou claro no fim do primeiro filme, Hardin Scott (Hero Fiennes Tiffin) e Tessa Young (Josephine Langford) estão separados . Enquanto Hardin bebe e se acaba, Tessa, armada de nova confiança, consegue o estágio dos seus sonhos na Editora Vance. Nesse estágio, ela chama a atenção do seu novo colega, Trevor (Dylan Sprouse). Ele é fofo e bem sucedido, exatamente o tipo de homem com as garotas sonham para um relação perfeita. Ele é inteligente, divertido, bonito e responsável… O problema é que Tessa não consegue esquecer Hardin. Ele é, afinal de contas, o amor da sua vida. Mesmo com todos os mal-entendidos e dificuldades, gostaria de poder afastar-se dele… Mas não é fácil. Apesar dos altos e baixos, brigas e reconciliações, Hardin e Tessa pretendem lutar para ficar juntos…
A crítica
Bem, vamos à crítica. O filme tem um pouco mais de momentos sensuais, apesar de quase nenhuma nudez. Mas, o que falta mesmo é uma história. É simplesmente o velho garoto perde garota, recupera garota, perde de novo, mas tem um final feliz. Isso nem chega a ser spoiler já que tudo é altamente previsível. Adoro um romance adolescente, mas After- Depois da Verdade é tão clichê que nem dá pra levar a sério.
E os problemas do primeiro filme continuam. Principalmente a falta de química entre os dois atores. Hero Fiennes- Tiffin não melhorou com o passar do tempo. Continua fraquinho, parecendo um garotinho de 14 anos. Bem distante do bad boy que o filme pretende mostrar. Josephine Langford continua boa, merecia até melhor chance. As cenas dela sem o “grande amor” acabam sendo mais divertidas e eficientes. E gostei especialmente daquelas entre Tessa e Trevor, seu colega de escritório. Aliás, Dylan Sprouse (irmão de Cole Sprouse, de Riverdale) está fofo e divertido. Há uma cena pós-créditos com ele que é facilmente a melhor coisa do filme.
O pai e a madrasta de Hardin também são feitos por outros atores. Peter Gallagher e Jennifer Beals, que estavam no primeiro filme, foram substituídos por Rob Estes e Karimah Westbrook. Provavelmente por corte de custos. Candice King, de The Vampire Diaries, tem pouco a fazer como a chefe de Tessa na Editora Vance. Já o elenco jovem está de volta. Fiquei especialmente surpresa de como Samuel Larson (de Glee) engordou entre as duas filmagens, mesmo na única sequência que ele participa. Fiquei feliz entretanto de ver que Selma Blair está presente de novo como a mãe de Tessa, mesmo com todos os problemas de sua doença. É só uma cena, mas já valeu o filme.