Não conhecia a série de livros Maze Runner de James Dashner quando fui assistir Maze Runner: Correr ou Morrer, que é baseado no primeiro (outros já publicados no Brasil são Prova de Fogo, A Cura Mortal, Arquivos e Ordem de Extermínio). O filme, que estreia este fim de semana nos cinemas, faz parte da linha editorial de aventuras de/para jovens num futuro onde a sociedade foi destruída e o grupo deve ultrapassar limites em jogos para analisar seu potencial. Como Jogos Vorazes e Divergente, Maze Runner pretende atingir o público e dar início a uma saga de sucesso.
Baseado neste primeiro filme, que tem estreia simultânea com os Estados Unidos, o futuro parece promissor. Segundo o diretor estreante Wes Ball, sua inspiração foi uma mistura de O Senhor das Moscas com a série Lost. E funciona! Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, Thomas (Dylan O´Brien) não entende bem o que está acontecendo. Quando as portas se abrem, ele se vê rodeado por garotos que logo o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. Só que Thomas está determinado a sair dali. Para isso terá que entender segredos guardados em sua mente, enfrentar momentos aterrorizantes e correr, correr muito.
O filme mantém o suspense todo o tempo. Você não consegue entender direito o que está acontecendo assim como os personagens. A sensação de claustrofobia é constante (algumas cenas dão muito nervoso) com efeitos especiais de primeira linha. O elenco é jovem e quase todo semidesconhecido. Dylan O’Brien, como Thomas, tem um evidente apelo com o público jovem pois participa de uma série de sucesso, Teen Wolf, atualmente exibida no canal Sony. Além dele, Will Poulter (Gally) marcou presença recentemente na comédia Família do Bagulho, com Jennifer Aniston e Thomas Brodie-Sangster (Newt)esteve em Game of Thrones.
O final obviamente já chama para a sequência e deixa o gostinho de quero mais.
Eliane Munhoz