Força da Natureza, que estreou ontem na Netflix , me chamou a atenção por vários fatores. Primeiro porque a trama se passa durante um furacão. Gosto de histórias que acontecem durante desastres naturais . Segundo porque a sinopse lembrava em alguns momentos tantos filmes bons que se passam dentro de uma única construção, como Duro de Matar e Ataque à Casa Branca. E, finalmente, porque fiquei curiosa como algum produtor, nos dias de hoje, resolveria juntar num mesmo filme dois atores que tiveram problemas com a lei , como Emile Hirsch e Mel Gibson, rsrs. Eu assisti e…bem, tem vários contras, e uns poucos prós.
A história começa com um policial (Emile Hirsch) que toma uma atitude errada, que irá marcar sua vida. Ele vai morar em Porto Rico, completamente sem amor pela profissão e pela própria vida. Só que durante uma missão com uma nova parceira, ele terá que ir até um prédio para evacuar dois velhos antes que o furacão chegue à cidade. Um deles é um ex-policial muito mal-humorado. Mas há um agravante! Um grupo de bandidos invade o mesmo prédio, determinado a achar algo de grande valor. E não vai se deixar deter por nada nem por ninguém.
Os prós e os contras
Primeiro os prós. Força da Natureza tem algumas boas cenas de ação. E, Mel Gibson, substituindo Bruce Willis, tira leite de pedra para transformar o velho policial em um personagem interessante. Pena que apareça pouco. A lembrança é de um Martin Riggs velho, caso Murtaugh não tivesse entrado na sua vida. A ideia da história também é interessante, envolvendo roubo, assassinato, nazistas, racismo e até um felino enorme que o filme não descreve muito bem. O problema é o desenvolvimento de tudo isso.
O diretor Michael Polish divide os personagens em três grupos. O de Mel, o de Emile Hirsch e Kate Bosworth, e o dos vilões em busca de um dos velhos para conseguir atingir seu objetivo. Eles andam para baixo e para cima no prédio, deixando a gente completamente perdida. Em alguns momentos, a câmera é tão nervosa que não dá para ver direito o que está acontecendo. E o final, que parece que foi filmado depois do filme pronto, é o ápice do ridículo, forçado demais, tentando ser engraçadinho.
Mas, sinceramente, nada é pior do que Emile Hirsch no papel principal. Não convence em momento algum. E de deprimido, nas primeiras cenas, passa a ser engraçadinho na segunda metade. Além disso, faz umas caras e bocas, que eu não entendi até agora. Dá pra entender porque ele, que no início de sua carreira parecia uma grande promessa, e agora está relegado a essas produções menores.