Melissa McCarthy é uma boa atriz. Eu só não sei a razão pela qual ela insiste em repetir a mesma persona filme após filme. Ela é sempre aquela mulher que se defende falando palavrões, ou querendo mostrar o quanto é esperta e auto-suficiente. Mas no fundo, é uma fofa, que se importa com os outros, que se revela no final. É assim em boa parte de sua filmografia. E não é diferente em Esquadrão Trovão, uma comédia de super-heróis (ou heroínas), que estreou nessa sexta (9) na Netflix.
A história de passa em um mundo onde supervilões são comuns. Duas melhores amigas de infância, Lydia e Emily (Melissa e Octavia Spencer), bem diferentes uma da outra, que foram separadas pelo tempo, se reúnem. Só que uma delas inventou um tratamento que lhes dá super poderes para proteger sua cidade. Por acidente, Lydia acaba se administrando o tratamento. E logo as duas vão passar por um treinamento para poderem proteger a cidade dos super-vilões, como a terrível Laser (Pom Klementieff, de Guardiões da Galáxia).
A crítica
O filme tem roteiro e direção do marido de Melissa, Ben Falcone, que também aparece como ator. O efeitos especiais são razoáveis, mas nada de especial. A história provoca poucas risadas e a maior parte delas fica a cargo de Jason Bateman. Ele faz um vilão que se torna bonzinho, e assume totalmente o ridículo da situação. O filme ainda tem a participação de Bobby Cannavale, que já tinha trabalhado com Melissa em A Espiã que Sabia de Menos, e Melissa Leo, que tem pouco a fazer como Allie. Uma curiosidade, a garota que faz Lydia menina é Vivian Falcone, filha de Melissa McCarthy e Ben Falcone na vida real.
Quanto às duas estrelas, elas também não estão em seus melhores momentos. Além de Melissa se repetindo, é difícil ver Octavia Spencer parecendo completamente perdida na história. As duas são amigas na vida real há mais de 20 anos. Provavelmente buscam há muito tempo um projeto para fazer juntas. Pena que tenham escolhido uma história tão fraquinha, tão mais do mesmo, e até pouco divertida.