O sub-gênero de filmes de piratas sempre foi popular desde os primórdios do cinema. E, mais recentemente, com a franquia Piratas do Caribe, que agora vai ganhar um reboot. E como fã que é do gênero, meu amigo José Augusto Paulo achou O Reino Perdido dos Piratas, que está disponível na Netflix. Veja abaixo o que ele achou!
O Reino Perdido dos Piratas
Confesso que me animei a assistir essa serie (na verdade um docu-drama) sem ter visto o trailer. Vi o nome, achei que seria algo parecido com Piratas do Caribe e, cliquei ‘play’. Felizmente, eu gosto de documentários, e muito. Sei que o docu-drama é uma forma de dar mais ‘vida’ ao documentário e fazer quem assiste se interessar mais por alguns personagens. É algo que vem sendo utilizado há algum tempo . Recentemente a Netflix teve o excelente Império Romano nesse estilo. O Reino Perdido dos Piratas me pareceu tao bom quanto, embora mais documentário. Tem mais intervenções de especialistas, historiadores, mais mapas, etc.
A história se passa no começo do século XVIII. Devido a eventos da época, privateers (particulares que faziam serviços navais a governos, uma marinha não oficial) por ações várias, acabam se baseando em Nassau, nas Bahamas. Com o tempo, se tornam piratas, já sem apoio oficial. Ali fundam uma ‘república’, surpreendentemente democrática, que vive (e bem) de ataques a navios no Caribe. Os problemas começam quando atacam navios mercantes ingleses . Especialmente navios negreiros. Na época, os piratas liberavam os escravos que passavam a ter a opção de se juntar às suas tripulações como homens livres. É bom lembrar que a escravidao era um dos pilares da economia tanto no Caribe como na Europa, que vivia dos lucros das plantações e da sua produção.
A crítica
O Reino Perdido dos Piratas, curta, com somente seis episódios, se concentra no formação desse ‘reino de piratas’ em Nassau. Conta também a história de piratas verdadeiros como Sam Bellamy, Hornigold, Jennings, O Barba Negra, entre outros As cenas externas são quase todas feitas em estúdio e há muito uso de computadores. Mas o efeito é bom, a atuação não é das piores. Especialmente o excelente Tom Padley como o sádico Charles Vane, e Sam Callis como Benjamin Hornigold. O ritmo da trama é bom e prende a atenção. Peca talvez por repetir alguns trechos de outros episódios. Também por repetir mesmo o que dizem alguns especialistas e historiadores. Mas relata bem os fatos. Nos ensina algo sobre um periodo curto que poderia ter alterado muito os rumos da história do Caribe. E que certamente teve influência na independência dos Estados Unidos, que se daria décadas depois.