Não sou muito fã de séries de comédia. Sim, é claro que vi – e gosto- de Friends e The Big Bang Theory. Mas entre séries de comédia e dramáticas, sempre vou escolher os dramas. Ou as de fantasia, rs. Ocasionalmente, vejo um ou outro episódio de outras séries como as de Chuck Lorre, como Mom e Young Sheldon. O meu amigo J. Renato marotonou as duas recentemente, e escreveu uma análise sobre estes grandes sucessos de Chuck Lorre.
Young Sheldon e Mom
É possível mencionar vários trabalhos idealizados por Chuck Lorre. Two and a Half Men, The Big Bang Theory, Mike & Molly e entre outros. No entanto, neste momento vou falar de outros dois que terminei de ver recentemente: Mom e Young Sheldon. O roteirista americano é o rei das sitcoms, sendo a maioria delas premiadíssimas! O humor afiado, seja leve ou apelativo, vem repleto de ironias… Marca registrada de Lorre.
Como todos já sabem, Young Sheldon é o spinoff bem-sucedido do fenômeno The Big Bang Theory. O mesmo retrata os conflitos do protagonista ainda criança. Já Mom coloca na tela a relação conturbada entre mãe e filha de forma pra lá de humorada. A histórias das duas mulheres se repetem enquanto as acompanhamos ao lidar com novos rumos das suas vidas.
A crítica
Em ambas, o formato “lar doce lar” é sempre presente. A família é o ponto a ser discutido nas produções de Chuck Lorre. É evidente que na casa de Sheldon o tom das piadas é mais conservador. Não podemos dizer que é igual na residência de Christy e Bonnie. Lá a comédia é meio barra pesada. Afinal, as personagens são ex-viciadas em álcool e drogas (então o negócio é rir do que já foi trágico).
As primícias de dar risadas em Young Sheldon respinga no que se pode chamar de ‘piadas inteligentes’. Sendo assim, a pergunta que não quer calar é: só vai conseguir gargalhar quem é esperto? (rsrs). Não, apenas o suficiente para pegar no ar a rapidez do deboche por trás de cada diálogo. Um alívio, pois Sheldon é um pequeno gênio acima da média. Quase impossível de raciocinar junto com ele. Mas funciona em cada momento gostoso de rir, depois da ficha cair.
Mom joga no ventilador a comédia escrachada. Só não compreende quem não viu desde o início a jornada de mãe e filha. As piadas prontas resultam em grandes sacadas. O chamado antigamente “humor negro” se faz presente. Algumas questões podem até doer no ouvido . Porém, Chuck quer deixar claro que rir é o melhor remédio. Seja pra acabar com o tédio ou com as dores que a vida tentou causar.
Voltando a Young Sheldon, seus parentes próximos e os poucos amigos tentam conviver com a mente brilhante do menino. O aprendizado em todos os aspectos é simultâneo. De igual modo retornando a Mom, pode-se observar o crescimento do laço maternal. A parceria mútua que antes não existia entre as personagens chega com o andar da carruagem.
Considerações finais
Uma característica típica das séries de Chuck Lorre são os episódios curtos. Tanto Sheldon quanto Mom giram em torno de 20 minutos. Em compensação, dificilmente suas produções têm temporadas curtas. Ambas possuem cerca de 20 episódios por temporada. Falando nisso… Young Sheldon foi renovada para a sua quarta. Mom chegou ao seu fim na primeira quinzena deste mês nos EUA. Esta oitava e última temporada deve chegar em breve no Brasil. Ambas estão disponíveis no Globoplay.
Ah, vamos falar dos atores! Iain Armitage, que está na pele do garoto Sheldon, é o acerto do elenco. Já Mom é encabeçada por Anna Faris. A humorista, vinda do cinema, através dos filmes de Todo Mundo em Pânico, brilha! Como colega, ela contracena com a prestigiada Allison Janney. A atriz possui vários Emmys na carreira. Além do Oscar 2018 de melhor coadjuvante pela aclamada atuação no longa Eu, Tonya.
Reúna toda a família e se delicie com as peripécias provocadas por Young Sheldon. A comédia não tem como pano de fundo as famosas gargalhadas gravadas. Mom fica para os mais jovens e adultos. Podendo contar até com as risadas na sonoplastia para impulsionar a diversão.