Nos últimos anos, o cinema vem produzindo filmes que vem a ser momentos de redenção de grandes vilãs. Foi o caso de Harley Quinn, em Esquadrão Suicida e em Aves de Rapina. E, é claro, Malévola, nos dois filmes estrelados para Angelina Jolie. A bola da vez é Cruela Devil, a vilã enloquecida de 101 Dálmatas. Ela foi vivida magnificamente – e com bastante exagero – por Glenn Close em dois filmes. Mas agora chegou o momento de conhecer sua história de origem. Cruella, estrelado por Emma Stone, chega nessa quinta aos cinemas. E na sexta (28), chega no Disney Plus. Mas não para todos os assinantes. Assim como aconteceu com Raya e o Último Dragão, Cruella estará disponível por tempo limitado no Premier Access do serviço. O custo é de 69,90. Uma vez comprado, o filme poderá ser visto quantas vezes quiser, sem prazo de validade ou interrupções.
Ambientado na Londres dos anos 70 em meio à revolução do punk rock, Cruella mostra a infância de uma garota chamada Estella, que sofre uma grande perda. Já adulta, ela é uma jovem vigarista das ruas de Londres. Inteligente e criativa, ela está determinada a fazer um nome para si através de seus designs. Com seus dois amigos, uma dupla de jovens ladrões eles vivem de pequenos golpes. Mas, um dia, o talento de Estella para a moda chama a atenção da Baronesa Von Hellman, uma lenda fashion que é devastadoramente chique e assustadora. Só que o relacionamento delas desencadeia um curso de eventos e revelações. E estes farão com que Estella abrace seu lado rebelde e se torne a Cruella má, elegante e voltada para a vingança.
A crítica
Já começo falando que a produção é maravilhosa. É claramente visível os ditos 200 milhões que foram gastos em seu orçamento. A cenografia, que recria a Londres dos anos 70. Os figurinos de cair o queixo. A trilha sonora com clássicos da época que dão vontade de sair dançando. O diretor é Craig Gillespie fez também o ótimo Eu, Tonya, que também recriou uma outra época com louvor. A história faz uma série de referências ao conhecido desenho. E cada uma delas é mais deliciosa que a outra. Algumas críticas americanas falam sobre o roteiro bagunçado. Discordo! Acho que tudo funciona muito bem. E tem influências, é claro, de Coringa, um pouco das histórias de Charles Dickens, e, é claro, O Diabo Veste Prada.
O elenco
Não só por se passar no mundo da moda. Mas também por abordar a relação entre duas mulheres brilhantes, Cruella e a Baronesa Von Hellman. E é aí que as duas Emmas brilham! Emma Stone e Emma Thompson brilham muito e têm grande química! É uma delícia ver as duas contracenando. E o filme nos dá várias oportunidades de vê-las arrasarem. Estão entre as melhores que já vi até o momento neste ano.
Mas o resto do elenco também está ótimo. Ri muito com Joel Fry (Yesterday) e Paul Walter Hauser (O Caso Richard Jewell). Como os dois ladrões companheiros de Cruella, eles divertem muito. E, é claro, tem os cães. Não só os dálmatas (aqui são só 3 – boa parte do tempo). Mas principalmente os dois pequenos que ajudam os pequenos vigaristas em seus golpes. Sim, há uso de efeitos especiais, para garantir suas expressões fofinhas. Mas convencem. Falando em efeitos, eles são ótimos, com momentos de puro exagero, e extremamente deliciosos. Eu vi numa tela extra-grande do Cinemark. E devo dizer que vale a pena vê-lo no cinema. Aliás, vale a pena vê-lo de qualquer jeito. Eu adorei!