Aqueles que me desejam a Morte é estrelado por Angelina Jolie. Estreou hoje (27) nos cinemas. É baseado em um best-seller de Michael Koryta (disponível aqui pela Trama, selo da Ediouro). Além de Angelina, ainda tem Jon Berthal, Nicholas Hoult e Aidan Gillen (o Little Finger de Game of Thrones). Ou seja, um elenco muito acima da média para um filme totalmente mediano. Você já viu esse tipo de história muitas vezes. Mas, de qualquer maneira, ele funciona. O problema é que você espera mais…
O filme segue várias histórias. Mas o ponto central é o garotinho Connor, de 12 anos. Ele assiste ao assassinato do pai por dois desconhecidos. Apesar de conseguir escapar por entre uma floresta cerrada, o garoto sabe que os assassinos não estão dispostos a deixar testemunhas. Na fuga, ele cruza com Hannah Faber (Angelina), uma bombeira que se encontrava na torre de vigia quando tudo aconteceu. O problema é que os criminosos estão dispostos a tudo. Eles resolvem atear fogo à floresta de modo para distrair a atenção de todos da pequena cidade próxima. É quando Connor e Hannah vêem-se numa luta desesperada para escapar à violência das chamas.
A crítica
Além de seguir as história de Hannah, de Connor e dos assassinos, o filme ainda segue as do policial Ethan (Jon Berthal) e de sua mulher grávida, Allison (Medina Senghore). Ou seja, há muita coisa para mostrar e contar. E ainda tem o fogo aterrador. Com isso, não há grandes chances para personagem algum. Me lembrou até aqueles filmes de desastre, tipo Inferno na Torre. Acho curioso que um cara como Taylor Sheridan, indicado ao Oscar pelo roteiro de A Qualquer Custo não tenha conseguido dar uma profundidade maior para a história. Ainda mais que ele já tinha escrito e dirigido o excelente Terra Selvagem.
Não é que Aqueles que me desejam a Morte seja ruim. É que com todo esse talento reunido, a gente acaba esperando algo mais. Angelina e o garotinho Finn Little (da série Tidelands, da Netflix) tem boa química. Mas ela está meio apática no papel. Adorei os assassinos vividos por Nicholas Hoult e Aidan Gillen. Me deu até vontade de saber mais sobre eles. O filme ainda está em perfeita sintonia com os preceitos pós-MeToo. Hannah não precisa de um interesse amoroso. Apesar de ser ex de Ethan, não há disputa pelo homem. E a mulher grávida não é uma donzela em perigo, muito pelo contrário. Mas, é claro, é difícil de acreditar que uma bombeira tenha aquele cabelo esvoaçante, e a maquiagem perfeita. Nem mesmo depois de fogo, água, e uma bela surra, tudo continua impecável. Rsrs, ela é poderosa mesmo!!