Quem faz parte do grupo dos Lucifans como eu, sabe que ser fã da série é uma montanha russa constante. Rsrs!. Comecei a ver Lúcifer com atraso no canal Universal. Adorei! Só que, ao fim da terceira temporada, veio a notícia do cancelamento. Depois de uma forte campanha nas redes sociais – #SaveLucifer – a Netflix a resgatou. A quarta temporada ficou entre os melhores números do streaming até hoje. Só que logo anunciaram que a série terminaria na quinta temporada, com 10 episódios.
Um tempo depois, mudança de planos. A 5ª temporada teria 16 episódios, divididos em duas partes. Veio a pandemia e o rumor que estariam negociando uma 6ª temporada. Só que Tom Ellis (o Lúcifer) não estaria gostando dos rumos da negociação. Novo momento de suspense! Mas logo veio a confirmação. Tudo certo, vai ter uma 6ª e última (dessa vez definitivamente) temporada. Ufa! Nessa sexta (28), estreou na Netflix a temporada 5B, com oito episódios. Eu maratonei num dia só ! E valeu a pena!
A temporada 5B começa exatamente onde a 5A terminou. Ou seja, com a chegada de Deus (Dennis Haysbert) bem no meio da luta entre Lúcifer, seu gêmeo Michael (ambos feitos por Tom Ellis) e Amenadiel (D.B. Woodside). A presença de Deus provoca vários desentendimentos (a sequência do jantar em família é ótima). Mas também momentos bem divertidos. Deus pretende se aposentar, e começa uma grande “campanha” para saber qual dos seus filhos anjos deverá assumir o posto. Paralelamente, devido a tudo isso, a relação de Lúcifer e Chloe (Lauren German) sofre com a situação.
A crítica
Durante os oito episódios dessa segunda parte, a série deixa um pouco de lado a parte investigativa. E mesmo o lado mega sexy de Lúcifer. A coisa fica mais familiar. Aliás, o tema presente durante toda essa segunda fase é a família, seja qual for. Sim , é claro, Lucifer continua dando suas tiradas irônicas e divertidas. Mas também há um forte lado mais dramático das relações. Confesso que me fez chorar em um momento bem triste do episódio 15, e até um pouquinho no 16.
O elenco
Como a ideia inicial era que a série terminasse na 5ª temporada, há uma sensação de despedida. Muitos personagens que apareceram durante a série retornam nesses episódios. É o caso da mãe de Chloe, vivida por uma ainda lindíssima Rebecca de Mornay. Ou ainda Eve (Inbar Lavi), que volta para retomar seu contato com Mazikeen (Lesley Ann Brandt). Mas há vários outros, que não vou mencionar aqui para não estragar a surpresa.
Ainda a série dá chances para todo mundo brilhar. Os coadjuvantes ganham seus momentos especiais. Dei boas risadas com o episódio centrado em Dan (Kevin Alejandro), mesmo que o personagem nunca tenha me conquistado realmente. Dennis Haysbert faz um Deus adorável, com uma mistura na dose certa de ternura e autoridade. Tom Ellis, é claro, arrasa sempre, especialmente com suas diferenças entre Lúcifer e Michael. Ele é ótimo. E um grande destaque desses 8 episódios é o musical – episódio 10 , Bloody Celestial Karaoke Jam. É simplesmente delicioso. E eu vi e revi umas três vezes a interpretação de Tom Ellis e Dennis Haysbert do grande clássico de Les Miserables, I Dreamed a Dream.
O final dessa 5ª temporada poderia ter sido o final da série sem problemas. Mas quer saber? Vou adorar saber o que vai acontecer com todos eles depois do acontecimento final!