Quando você pensa em um filme dirigido por Antoine Fuqua, logo lembra de Dia de Treinamento e outros filmes com Denzel Washington. Tem ainda o ótimo Nocaute e até mesmo Atirador, com Mark Wahlberg , de 2007. Ou seja, sempre é interessante do ponto de vista cinematográfico. Por isso, fiquei interessada em ver Infinito, que chegou ao Paramount Plus na semana passada. O filme mais uma vez repetia a dobradinha de Fuqua com o astro Mark Wahlberg. A história prometia ficção com muita ação. Mas…
A história
O filme começa bem. Após uma breve introdução narrada por Mark Wahlberg, há uma ótima sequência de perseguição pelas ruas da Cidade do México com Dylan O’Brien. Só depois disso, começamos a acompanhar a história de Evan McCauley, papel de Mark. A vida diária dele é assombrada por habilidades que nunca aprendeu. Também tem memórias de lugares que nunca visitou. Automedicado e à beira de um ataque de nervos, Evan é contatado pelos “Infinitos”, um grupo secreto que revela a ele que suas memórias podem ser reais. E que elas vêm de múltiplas vidas passadas. Só que há uma ameaça a tudo isso, que vai colocar a vida dele em risco.
Infinito é baseado no livro The Reincarnationist Papers, de D. Eric Maikranz. Não li o livro, mas imagino que no papel deveria parecer uma ótima ideia. Guerreiros reencarnados que lutam há séculos para resolver o destino da humanidade. De um lado, os bons, chamados Infinitos. De outro, os maus, os Niilistas, que querem acabar com tudo. E Chiwetel Ejiofor é o grande vilão.
A crítica
O problema é que com a exceção de algumas cenas de ação nada funciona em Infinito. A trama é confusa, e ao mesmo tempo, as explicações se repetem. Os atores estão péssimos. Mark Wahlberg está claramente cheio de enfado. Chiwetel parece que andou vendo desenhos do Dick Vigarista para compor o seu vilão. Quem se sai melhor é Sophie Cookson, da série Gipsy. Pelo menos, parece ter alguma verdade na sua atuação.
Além disso, a sensação que fica é que Antoine Fuqua não se decidiu se queria fazer uma comédia ou um drama de ação. E seu elenco fica totalmente perdido. Era clara a ideia de fazer uma franquia. Mas com o resultado de Infinito, é bem provável que todo mundo queira esquecer totalmente essa experiência milionária, que não funciona.